Sinal de retomada nas contratações

Saldo de empregos em 2017 foi negativo, mas números apontam tendência de melhora no mercado de trabalho

Vitor Costa, sob a supervisão do editor
Montes Claros
13/02/2018 às 23:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:20

A geração de empregos formais em Montes Claros no ano de 2017 fechou o ano com um saldo negativo segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No ano, ocorreram 27.329 admissões na cidade contra 27.562 desligamentos, o que significa que houve fechamento de 233 postos de trabalho no ano. No entanto, o cenário é positivo, já que a tendência de queda no emprego no primeiro semestre foi revertida no segundo. 

A profissão que teve o melhor saldo de contratações em Montes Claros em 2017 foi a de operador de telemarketing, com 371 contratações a mais do que demissões, seguida por alimentador de linha de produção (207) e mecânico de máquinas (109). 

Os postos que demitiram mais que contrataram foram auxiliar de escritório (-130), pedreiro (-122) e servente de obras (-98). 

Segundo a economista Edna Santos, os números mostram que o mercado de trabalho está em recuperação. 

“O mercado de trabalho está se recompondo após a crise. Mesmo que alguns setores estejam com saldo negativo, deve ser observado que o número ruim representa os primeiros meses do ano. A partir do segundo semestre o mercado começou a melhorar. Importante lembrar que tudo funciona em cadeia no que diz respeito à economia e à geração de emprego” explica a economista.
 
DIFERENÇAS
O estudante de Direito Thiago Lopes é de Salinas e veio para a cidade estudar há oito meses. Mora de aluguel e conseguiu há três meses um trabalho como atendente de telemarketing. 

“Foi tudo muito rápido. Cheguei na cidade e depois de um mês passei no processo seletivo e entrei na empresa. A falta de experiência não foi obstáculo para conseguir o primeiro emprego”, comemora.

Por outro lado, o pedreiro Aguinaldo Sá está há quatro meses desempregado. Ele é um dos 752 profissionais do setor que foram desligados do trabalho. Até o pico da crise, em 2015, o setor possuía quase 8 mil trabalhadores, segundo o Caged. Já em 2017, o número foi reduzido para menos de 4 mil na região.

“Estou pensando em mudar de cidade. Tenho parentes no estado de Alagoas e disseram que por lá tem trabalho. O último emprego que consegui faz duas semanas, mas não foi nada formal e sim um bico”, conta Aguinaldo.

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