Saúde adota vacinação de rotina contra rotavírus

Jornal O Norte
08/03/2006 às 11:19.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:30

O município de Montes Claros, a partir de agora, terá, em todas as unidades básicas de saúde, a vacina oral contra o Rotavírus Humano, que fará parte do calendário básico de vacinação para crianças menores de 1 ano de idade, faixa etária em que se observa a maior carga de complicações decorrentes da infecção pelo agente.

Com isso, o município acaba de receber, do ministério da Saúde, 800 doses da vacina, suficientes para a imunização de 550 crianças, durante o mês de março.

Nas unidades básicas, as vacinas foram disponibilizadas desde o último dia 6, providência que possibilita abastecer todas as salas de vacinas do sistema. Segundo informações de Dulce Pimenta Ribeiro, chefe da divisão de Vigilância em Saúde, da secretaria municipal de Saúde, 17 unidades estarão oferecendo a vacina, rotineiramente, no horário compreendido entre 8  e 17 horas, de segunda a sexta-feira. São elas: PSF‘s Nova Esperança, Vila Oliveira e Vila Sion; centros de saúde do Eldorado, Santos Reis, Major Prates, Maracanã, São Judas, Cintra, Lourdes, Antônio Pimenta, Delfino Magalhães, Vera Cruz, Planalto, Esplanada e  Renanscença; e o NASPI.

DIARRÉIA

As doenças diarréicas agudas causadas por Rotavírus são a principal causa de morbi-mortalidade por diarréias em crianças de todo o mundo, nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, sendo que mais de 80% dos óbitos por Rotavírus são registrados nos países mais pobres.

O principal sítio de replicação viral é o intestino delgado, e, em particular, o jejuno, situando-se especificamente nas células epiteliais maduras que revestem as microvilosidades intestinais. A maior absorção é desencadeada pelas lesões do epitélio, resultando em diarréia. Estima-se que aos 5 anos de idade todas as crianças tenham sido infectadas por Rotavírus, porém, a incidência de infecções sintomáticas assume maior proporção na faixa etária de 6 a 24 meses.

TRATAMENTO

Ainda segundo os técnicos da divisão de Vigilância em Saúde, o tratamento consiste em reidratação oral ou parenteral, para evitar-se desidratação grave e distúrbios hidroeletrolíticos. Não se recomenda uso de antimicrobianos ou de anti-diarréicos e é aconselhável manter-se dieta habitual.

A vacina – desenvolvida nos Estados Unidos – é apresentada na forma de monodose, onde o conteúdo do frasco (pó liofilizado) deve ser diluído com o conteúdo da seringa (diluente) para a aplicação exclusivamente oral, como orientam os médicos. A primeira dose da vacina deve ser ministrada em bebês de 6 semanas a 3 meses de vida e a segunda dose em bebês de 4 a 5 meses e meio. A dose contém um rotavírus atenuado, derivado de um rotavírus humano. Por isso, provoca uma infecção intestinal mais branda, sem sintomas, que se relaciona com o sistema imunológico.

Quando o indivíduo entra em contato novamente com o vírus, ele terá uma memória imunológica e o organismo estará mais forte, evitando o surgimento dos sintomas.

PREVENÇÃO

A higiene é a melhor forma de se evitar a infecção por rotavírus. Lavar sempre as mãos, consumir água potável e alimentos bem lavados e dar destinação adequada aos dejetos humanos são cuidados que ajudam na prevenção, conforme informações da secretaria de estado da Saúde e do ministério da Saúde.

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