Railda Botelho
Repórter
O delegado regional do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Alberto Menezes de Calazans, esteve nesta semana em Montes Claros, para discutir o programa Primeiro emprego com empresários, representantes de entidades de classe e sindicatos. Representando o poder público municipal, estiveram presentes os secretários municipais de Indústria, Comércio e Turismo, Adauto Marques, e de Desenvolvimento e Assistência Social, Vero Franklin. O evento teve como objetivo evidenciar os aspectos políticos da implantação do programa no município.
De acordo com o delegado regional do Trabalho, o Programa nacional de estímulo ao primeiro emprego tem como objetivo contribuir para a geração de oportunidades de trabalho para a juventude brasileira, mobilizando o governo e a sociedade na construção conjunta de uma política nacional de trabalho decente para a juventude.
CRISE E JUROS ALTOS
A crise econômica e a política de juros altos para conter a inflação têm dificultado a sustentação do crescimento econômico, apesar de alguns índices positivos, como o que mostra que o Brasil cresceu 5% no ano de 2004 – explica Carlos Calazans:
- Nossa economia precisa voltar os olhos para o mercado interno, melhorando as condições de vida e aumentando o poder de compra das famílias. Acredito que o incentivo ao cultivo de mamona para a produção do biodiesel pode ser a grande coqueluche do século XXI, como aconteceu com o setor de siderurgia há 40 anos.
O governo federal defende o combate à pobreza e à exclusão social, integrando as políticas públicas de emprego e renda a uma política de investimentos públicos e privados geradora de mais e melhores empregos. Nesse sentido, o secretário Adauto Marques explica que a prefeitura defende a iniciativa e se prontifica a colaborar com a busca de soluções que atendam ao programa Primeiro emprego e às pequenas e médias empresas.
O sub-delegado do Trabalho em Montes Claros, José Catarino Rodrigues, acredita que a parceria com a prefeitura é fundamental para a viabilização do programa:
- O desemprego, conseqüência de uma economia estagnada, é um flagelo para o trabalhador e aflige de forma mais intensa aquele que nunca trabalhou, o que dificulta ainda mais a obtenção de uma vaga no mercado de trabalho, no que se refere à questão de comprovação de experiência. É fundamental que os empreendedores enxerguem a contratação de jovens não como um aumento de despesas, mas como lucro social.
A população jovem e desempregada de Montes Claros, vê nesta decisão tão importante, uma das promessas de campanha do governo Athos Avelino sendo colocada em prática.