Pequizá: grupo de quadrilha resgata tradições e conta a história do sertanejo mineiro

Christine Antonini
Montes Claros
24/06/2017 às 00:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:14
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

Conhecido como santo festeiro, o dia do aniversário de São João, comemorado em 24 de junho, traz durante todo período junino festas típicas como danças de quadrilha, barraquinhas e quermesses. Uma tradição dos festejos são os fogos de artifício, foguetes de todos os jeitos e cores, e também traques e “bombinhas de salão” – barulhos que fazem a alegria das crianças.

Um dos grupos mais tradicionais da cidade é a quadrilha Arraiá do Pequizá. Levando o título de bicampeão do Campeonato Norte Mineiro de Quadrilhas, há 15 anos o grupo do bairro Maracanã resgata a cultura dos festejos de São João. A ideia surgiu através de jovens que faziam crisma e decidiram ensaiar à dança para apresentações na igreja.

As apresentações são em julho, mas os ensaios começam ainda em janeiro. Hoje o grupo conta com 47 pessoas que se apresentam em diversos bairros da cidade e também em outros municípios.

Anualmente o Arraiá do Pequizá escolhe um assunto e conta a história em forma de dança. Para este ano está com o tema “Violeiro do Sertão Mineiro”, em homenageando o trabalho do homem do campo.

“Através de coreografias elaboradas, retratamos o sertanejo mineiro. A ideia é manter essa cultura e tradição das quadrilhas e ao mesmo tempo mostrar que nosso povo vai à luta e nunca desiste”, conta a “noiva” Arraiá do Pequizá, Helloíne Martins.

VENDAS
O período sazonal aquece o comércio destes artefatos. Contudo, com a crise econômica, empresários montes-clarenses afirmam que tiveram que compor estoque com 50% a menos do que no ano passado.

Endoilto Celestino de Araújo, com mais quatro irmãos administra uma rede de bombonieres. No estabelecimento eles oferecem artefatos, doces e objetos para decoração juninas. Segundo o empresário, desde o mês de abril começaram as vendas para os preparos da tradicional “fogueira de São- João”, que, de acordo com ele, já não é muito comum na área urbana da cidade.

“Geralmente as pessoas fazem festa de São João nas roças. Dificilmente aparece um cliente que comemora nas ruas de Montes Claros. Mas isso não atrapalha as vendas. O que dificultou mesmo foi a crise econômica. Estamos comprando menos para não ter prejuízos futuros”, explica.

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