Pensionatos são opção de moradia para estudantes

Jornal O Norte
02/08/2005 às 15:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:49

A volta às aulas em Montes Claros aumenta o movimento nos vários pensionatos da cidade, como ocorre a cada início de semestre. A aposentada Idália Santos Pereira, que é proprietária de um pensionato na Rua Belo Horizonte, está no ramo há sete anos. Ela diz que sempre gostou de ver sua casa cheia de pessoas, e principalmente adora se sentir rodeada por gente jovem.

Conforme Idália, tudo começou com dois sobrinhos que precisaram ficar em sua casa, para estudar e trabalhar. O tempo passou, os sobrinhos se formaram, foram embora, mas deixaram o lugar ocupado por outros estudantes, que foram atraídos pela propaganda de que lá era um lugar legal.

Idália diz que o lucro não é muito, principalmente para ela, que paga aluguel de R$ 700, e cobra de cada estudante o valor de R$ 350, incluindo café da manhã, almoço, lanche e jantar.

LONGE DA FAMÍLIA

A aposentada, que vive longe dos filhos, diz que, se pensasse apenas em lucro, já havia fechado o seu pensionato, e o que importa mesmo é estar rodeada de moças e rapazes, que quase sempre solicita os seus conselhos, antes de executar algo importante, principalmente pelo fato de se encontrarem longe da família, e isso a enche de orgulho e de satisfação.

As férias escolares deixam os pensionatos mais silenciosos, e até um pouco tristes, conforme diz Idália, que aproveita esta época para fazer reformas, e também para descansar um pouco, quando viaja para casa de parentes.

Para Idália, raramente os pensionistas dão muito trabalho, e ela atribui isso ao fato de não aceitar qualquer pessoa, dando preferência aos filhos de pessoas conhecidas, ou mesmo as que são indicadas pelos próprios estabelecimentos em que estudam.

HORÁRIOS DIFERENTES

Moram no pensionato da aposentada cerca de dez  pensionistas, sendo que oito são universitários e dois fazem cursinho pré-vestibular, quase sempre em horários diferentes, o que os impede de se encontrarem regularmente, só o fazendo aos sábados e domingos, quando aproveitam para se conhecerem melhor.

Maria Vanda Ribeiro Gonçalves, proprietária de um pensionato na Rua Carlos Pereira, 42, Centro, diz que veio de Montalvânia para  acompanhar as duas filhas que estudariam em Montes Claros e precisavam encontrar um lugar para morar.

Como as despesas eram muitas, inclusive o gasto com passagens e mensalidades, Maria resolveu adquirir um imóvel espaçoso onde, além das filhas, passou a receber também os colegas de faculdade, e alguns amigos que trabalhavam e estudavam em Moc.

ALGUMAS REGRAS

Para ela, o que importa é que sua casa esteja cheia e movimentada e, apesar da imposição de algumas regras, como horário para dormir, ouvir música e fazer refeições, faz de tudo para que os jovens, que ela chama de seus segundos filhos, se sintam em sua própria casa.

A universitária Gisele Dias, que é baiana e mora próximo à Unimontes, diz que os  pensionatos são uma ótima opção de moradia para estudantes que residem  fora de Moc e, como é o seu caso, não têm parentes ou amigos na cidade.

Renato Andrade, que vai fazer o primeiro período de direito na Unimontes e é de Belo horizonte, diz que sua primeira providência após fazer a sua matrícula, foi a de sair em busca de um lugar para morar.

Renato pensou em ir para uma república, onde já estava um primo, mas resolveu optar por um pensionato que fica em um bairro próximo à faculdade.

- Achei o lugar tranqüilo e com umas instalações legais - conclui Renato.

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