(Márcia vieira)
Produtores rurais que ainda não renegociaram suas dívidas têm até o final do ano para resolver a situação. Medida editada pelo presidente Michel Temer prevê prorrogação, resultado de luta de parlamentares junto ao presidente, com a participação de entidades do setor.
“Trabalhamos incessantemente, mas ainda não é o ideal. Somos atendidos a conta-gotas. Pedimos e conseguimos um pedacinho. Vamos continuar nas demandas e, neste ponto, a deputada Raquel Muniz tem nos representado muito bem”, diz o presidente do Sindicato Rural, Ricardo Laughton.
O assunto foi discutido ontem na superintendência do Banco do Nordeste do Brasil. Com base na prorrogação, a instituição espera repetir o feito de 2017 quando a agência local foi a terceira que mais se destacou. “Conseguimos renegociar R$ 257 milhões e isso abriu um leque grande de possibilidades de financiamento. Os clientes que normalizaram a situação estão com acesso ao crédito novamente”, explica o gerente regional, José Mendes Batista.
Ele informa que, dos mais de 3 mil clientes, 2.800 são agricultores familiares com dívidas pequenas. A taxa de inadimplência destes produtores fica em torno dos 5%. “Estamos num processo massivo para tentar liquidar e fazer com que estes agriculto tenham acesso novamente ao crédito para retomar a produção após os estragos da pela seca”, diz Mendes.
Um dos entraves para a renegociação, de acordo com ele, é a demora. “Muitos ficam esperando o perdão da dívida. Há clientes que pagam com até 95% de desconto”.