(Arquivo pessoal )
Com apenas dez voluntários, os brigadistas de Montes Claros começam a intensificar os treinamentos de combate a incêndios florestais. Para tentar aumentar o número de voluntariados, a ONG Brigada 1 promove do dia 22 a 30 de julho, um curso preparatório para os interessados em tornar brigadistas oficiais. A previsão é que a quantidade de profissionais passe para 25.
Brigadistas são um grupo de pessoas capacitadas para atuar na prevenção, no abandono e combate a um princípio de incêndio. Na proteção aos incêndios florestais, uma brigada trabalha na prevenção, monitoramento e combate.
O curso será realizado no Parque Estadual da Lapa Grande e será ministrado por instrutores de combate a incêndios do Governo de Minas Gerais e pelos integrantes da Força Tarefa Mineira.
Para participar, o interessado deve ser maior de idade e fazer a inscrição na sede da Ong Brigada 1, localizada na rua Doutor Santos, n°362 – Centro – telefone 3221-0803.
BRIGADISTAS
O grupo de brigadistas de Minas Gerais começou através de “amigos jipeiros” que durante as viagens pelo sertão mineiro se deparavam sempre com queimadas nas matas – hoje Minas conta 120 brigadistas. Os voluntários de Montes Claros são de diversas profissões que se uniram com um único propósito, preservar o meio ambiente e ajudar a combater os danos florestais.
“Nosso trabalho é extensivo, atuamos na prevenção e combate a princípio de incêndio, primeiros socorros, protegendo a vida humana e animal, além do patrimônio verde”, pontua o vice coordenador da Ong Brigada 1 e voluntário há sete anos, Márcio Henrique Prates Silveira.
Segundo Márcio, o período que costuma ter mais indícios de incêndio é do mês de setembro a dezembro, época de pouca chuva e matas secas – afetando drasticamente o bioma da vegetação.
ATUAÇÃO
Em 2015, foi registrado a maior queimada na vegetação montes-clarense, cerca de 15 mil hectares foram queimados no Parque da Lapa Grande – a suspeita é que o fogo foi criminoso. A ação mobilizou brigadistas, bombeiros e toda comunidade. “Infelizmente a maioria das ocorrências de incêndio florestal é de origem criminosa. Muitas vezes o agricultor ou fazendeiro faz a limpeza do terreno usando a técnica de “queimada” para limpar o terreno sem ter conhecimento técnico, pessoal ou equipamento para fazê-lo”, finaliza Márcio.