(Arquivo pessoal/Rawiele)
A maioria dos autistas recebe o diagnóstico do transtorno na infância. Foi o que aconteceu com os trigêmeos da fisioterapeuta Rawiele Pascoal, que luta por uma qualidade de vida melhor para os filhos. O autismo é representado pela cor azul.
A mãe conta que a gestação foi tranquila, mas aos seis meses uma das bolsas se rompeu e ela teve que ficar internada para tentar “segurar” os bebês por um tempo maior.
Após quatro dias de repouso, Rawiele entrou em trabalho de parto e nasceram Pedro, Paulo e Mateus.
Segundo ela, os três garotos eram saudáveis, porém dois deles apresentaram atraso cognitivo e motor. “Sempre trabalhei com pessoas com necessidades especiais. Então percebi que eles apresentavam alguns sinais anormais: não engatinhavam, demoraram a se sentar sozinhos e a andar. Dois deles foram diagnosticados com autismo grave aos 2 anos de idade e o outro, com autismo leve, aos 3”.
Rawiele busca diariamente proporcionar aos filhos uma vida melhor, como atendimento médico especializado e acesso à educação básica. “Meus filhos estudam na rede estadual e sinto uma falha no sistema educacional como um todo. Faltam professores qualificados para lidar com autistas, cada um tem uma necessidade diferente. O autista também precisa de acompanhamento médico constante. Tudo é caro, e a saúde de Montes Claros não oferece esse suporte”.
Rawiele lançou a campanha Amor ao Cubo para que os trigêmeos possam fazer um tratamento experimental, de R$ 40 mil, no Paraguai. O valor é somente para a terapia, pois a família ainda terá custos para viver em outro país. Os trigêmeos são filhos do professor de jiu-jítsu Júlio Oliveira. Os pais vendem rifa de moto para ajudar no custeio do tratamento.