Nova licitação será alvo de processo

Empresas de transporte coletivo da cidade querem prorrogar contrato alegando falhas no edital em vigor

Márcia Vieira
Montes Claros
01/02/2018 às 20:56.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:06
 (Leo Queiroz)

(Leo Queiroz)

A Associação de Transportes Coletivos Urbanos de Montes Claros (ATCMC) estuda entrar na Justiça contra a prefeitura por causa do anúncio de que haverá uma nova licitação para o transporte de ônibus no município. As empresas que exploram o serviço atualmente entendem que têm direito a renovar automaticamente o atual contrato por mais dez anos porque o número de passageiros que usam o sistema foi menor do que previa a licitação em vigor.

Segundo a gerente executiva da ATCMC, Jaqueline Camelo, as empresas vão buscar o que julgam ter direito. “O edital contemplava em torno de 2,8 milhões de passageiros e na realidade estão transportando em torno de 1,8 milhão. O valor não é suficiente nem para pagar a outorga. As empresas estão avaliando com o jurídico para saber o que será feito”, diz.

A Prefeitura de Montes Claros anunciou ontem que vai pagar cerca de R$ 422 mil a uma empresa de Belo Horizonte para fazer o diagnóstico do sistema atual e propor um novo modelo de transporte coletivo urbano na cidade. O projeto servirá de base para elaboração da licitação de concessão do serviço hoje explorado por duas empresas da cidade. O estudo inclui pesquisa de campo e assessoramento do processo licitatório. O prazo determinado para entrega do serviço é de seis meses. Ao final, o projeto pode apontar mudanças em linhas, horários e também no cálculo da tarifa. 
 
MUDANÇAS
As queixas sobre o sistema atual são comuns entre os passageiros. A estudante Alessandra Fiuza, moradora da Vila Telma, considera o número de carros insuficiente para atender a demanda, e avalia que o problema maior está nas péssimas condições das ruas da cidade.

“Os motoristas até que dirigem com segurança, mas os carros estão ruins e quando chove eles não vão até o nosso bairro”, afirma

A aposentada Mercedes da Silva teve um AVC e possui dificuldades para se locomover. Para ela, falta preparo dos motoristas é há poucas cadeiras disponíveis para pessoas que tem limitações.

“Só tem duas cadeiras melhores na frente. Quando o ônibus chega ao ponto, já estão ocupadas. Tenho que me sentar atrás e como eles arrancam antes do tempo, fico com medo de sofrer uma queda. A demora também é muito grande”, disse.

A reportagem tentou contato com o presidente da MCTrans, Wilson Guimarães, que administra o serviço de transporte público na cidade, mas ele não foi encontrado. 

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