(LEONARDO QUEIROZ)
Elas levaram para as ruas não apenas cartazes de protesto, mas a força e o grito de quem não quer mais ficar de lado das discussões políticas, sociais e econômicas do país. Afinal, grande parte dos lares brasileiros tem mulheres como provedoras.
Cerca de 400 trabalhadoras do campo e da cidade, de pelo menos 33 municípios norte-mineiros, participaram da VI Marcha do Coletivo de Mulheres Organizadas do Norte de Minas.
Foram dois dias de evento, com debates, oficinas, momentos de formação e feira de empreendimentos. O encerramento foi feito com uma passeata pelas ruas da cidade.
O objetivo é debater a atual conjuntura política e o impacto das decisões na vida das mulheres. Para Joeliza Almeida, de Riacho dos Machados e uma das organizadoras do evento, a marcha é um momento de conscientização e de mostrar o valor da mulher.
“Temos o intuito de esclarecer para a população que a mulher tem o seu papel na sociedade e também unificar várias organizações do campo para discutir ideias em um só projeto”, ressalta.
É também, destaca Joeliza, uma manifestação contra as mudanças nas leis relativas ao gênero. “Aproveitamos para apresentar nossas produções que, além de serem parte do nosso trabalho, são de sustento da nossa família”. A feira com produtos feitos pelas mulheres foi realizada na Pastoral Comunitária, no bairro Santo Antônio.
O evento teve apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montes Claros e do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas.