(VITOR COSTA)
Mais duas escolas da rede municipal de ensino foram invadidas durante o fim de semana em Montes Claros. Os alvos desta vez foram unidades nos bairros São Judas e Vila Anália. A Polícia Militar foi acionada pelos funcionários.
Os casos de arrombamento e vandalismo nas escolas vêm crescendo desde que a prefeitura demitiu os cerca de 500 vigias que faziam a segurança do patrimônio, conforme já registrou em diversas ocasiões a reportagem de O NORTE.
A Guarda Municipal, porém, diz que, em 2017, houve queda de 38% no número de arrombamentos a espaços públicos no município na comparação com o ano anterior.
No último dia 19 foi assinado um contrato para instalar um sistema de vigilância eletrônico e monitoramento de 182 prédios públicos na cidade, no valor de R$ 425 mil por ano. A empresa ganhadora da licitação tem o prazo de até quatro meses para instalar o sistema.
ESTRAGO
No Cemei do bairro São Judas as portas da secretaria, da cantina e de uma dispensa foram arrombadas. Foram levados utensílios de cozinha e materiais de limpeza. Muitos produtos estavam espalhados pelo pátio da escola.
O mesmo ocorreu na escola Neide Melo Franco, na Vila Anália.
“A porta de um depósito estava arrombada segundo o pessoal que trabalha na escola”, relata Inês Vilaça, vizinha da unidade educacional. “A sensação é de insegurança para todos os moradores do bairro, não somente para os funcionários. No mês passado tivemos um caso parecido só que no Centro de Convívio” conta a moradora.
Outro morador da região é o motorista Lauro Fernandes, que diz desacreditar que o sistema eletrônico vá inibir a ação dos vândalos e ladrões.
“Precisa de uma presença humana no local. O cara vendo um movimento dentro da escola fica mais receoso. Acredito que apenas as câmeras não solucionem o problema”, opina. “Talvez unir o trabalho dos vigias e utilizar a vigilância como uma parceira. Temos um novo arrombamento que ninguém sabe quando ocorreu, essa é a prova de que precisa de um vigilante no local”, pondera Lauro.