Leishmaniose tem alta preocupante em Montes Claros

Registros da doença neste ano já ultrapassam os de todo o ano passado

Christine Antonini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
15/09/2017 às 00:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:34
 (Vitor Costa)

(Vitor Costa)

Montes Claros registra um aumento preocupante dos casos de leishmaniose em 2017. Até agora, foram 173 casos diagnosticados pelo Ambulatório de Leishmaniose do Hospital Universitário. O número já é maior do que em todo o ano passado, quando houve 163 pessoas infectadas.

A leishmaniose é uma doença causada por parasitas do gênero Leishmania, que se multiplicam nas células do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos.

O que mais tem chamado a atenção de médicos e alarmado a população montes-clarense é o alto número de pessoas com a doença.

Dos casos registrados neste ano, 142 casos foram do tipo visceral (afeta vários órgãos, especialmente o fígado) e 31 tegumentar, popularmente chamado de “ferida brava”, com diversas manifestações no corpo, em especial no nariz, na boca e na garganta. A leishmaniose visceral é mais comum no território urbano. Já a tegumentar é típica da zona rural.
 
AÇÃO  
Para conscientizar a população e prestar esclarecimentos sobre a doença que afeta cães, gatos e humanos, será realizada uma ação hoje na praça Doutor Carlos Versiani, às 8h. O evento encerra a Semana de Combate à Leishmaniose, instituída por projeto de lei do vereador Valcir da Ademoc (PTB), em 2010.

Na última semana, diversas atividades foram realizadas em escolas e no comércio, com a divulgação da importância de se fazer o exame que diagnostica a leishmaniose.

“O Ministério da Saúde preconiza que numa cidade deve haver no máximo 10% de população animal em relação ao número de habitantes. Mas no nosso município são aproximadamente 60 mil cães e gatos”, pontua Luís Osmane, coordenador do Centro de Controle e Zoonose (CCZ). O limite deveria ser de 40 mil. “Precisamos enfrentar essa doença, considerando que ela traz um alto risco para a população”. A doença pode matar e é especialmente perigosa para quem já tem problemas de saúde. No entanto, não foram registradas mortes humanas na cidade este ano.

Este ano foram feitos 9.618 exames de leishmaniose em animais em Montes Claros, entre testes particulares e via CCZ. Destes, 1.637 foram positivos e 1.575 resultaram em eutanásia.

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