Fraude contra banco e lojas da região cai em ação da PF; quadrilha atuava em MOC e Várzea da Palma

Grupo falsificava documentos para obter linha de crédito

Márcia Vieira
Montes Claros
22/08/2017 às 23:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:13

A Polícia Federal desarticulou ontem uma organização criminosa suspeita de desviar valores de instituições financeiras. O grupo de sete pessoas que atuava no Norte de Minas falsificava documentos para obter linhas de crédito. Os investigados serão indiciados por estelionato qualificado, falsidade Ideológica e uso de documentos falsos.

Na operação “Geração Perdida” foram cumpridos 21 mandados judiciais no município e também em Várzea da Palma – sendo 7 de busca e apreensão, 7 ordens de identificação criminal e o mesmo número de mandados de sequestro de bens.

As investigações começaram há oito meses, a partir de uma denúncia da Caixa Econômica Federal, uma das instituições lesadas. Apenas na CEF o prejuízo chegou a R$ 1,3 milhão. A polícia calcula ainda danos de pelo menos R$ 50 mil ao comércio.

Ainda de acordo com a PF, já foram identificados os sete membros da quadrilha, que agia há pelo menos cinco anos na região. A raiz da fraude estaria em Várzea da Palma e apenas um integrante atuava em Montes Claros – um servidor da CEF.
 
Dinâmica
O facilitador autorizava a abertura de contas com documentos falsos e gerava um CPF fictício. A partir daí a quadrilha fazia empréstimos com valores elevados e transferia o dinheiro para contas do líder do grupo, em outros bancos. Com a conta aberta o grupo conseguia cartões de crédito falsos para efetuar compras no comércio local. O saldo até o momento é de mais de 10 empresas lesadas.

A operação federal envolveu cerca de 6o policiais e faz alusão ao envolvimento de avô, pai e filhos de uma mesma família em uma organização criminosa. Por meio das redes sociais, a polícia identificou a ligação entre os participantes, cujos membros mais jovens eram responsáveis pela parte operacional.

Os mandados de sequestro de bens visam a garantir que as empresas prejudicadas sejam ressarcidas.

Inicialmente foi pedida a prisão do grupo pela PF e o Ministério Público, mas a Justiça negou.

As investigações prosseguem. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão para cada um. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

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