(Leo Queiroz)
Os comerciantes de Montes Claros comemoram o bom volume de vendas no fechamento de 2017. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) o município, o crescimento geral foi de 7% no último mês do ano, em relação ao mesmo período de 2016. Mas teve lojista que conseguiu um ganho ainda maior.
Para o atual presidente da CDL de Montes Claros, Ernandes Ferreira da Silva, os resultados são um bom presságio de que o país voltará a um bom ritmo de crescimento em 2018.
“O ano passado foi de sobrevivência. O período natalino foi bom, fechamos dentro da expectativa prevista. Esperamos que 2018 seja melhor uma vez que a economia deu sinais de recuperação”, avalia.
O faturamento da loja gerenciada por Sonia Lima teve alta de 30% nas vendas. Segundo ela, um dos atrativos para os fregueses foi a possibilidade de parcelar a compra em mais vezes.
“No ano de 2016 trabalhávamos com até três parcelas. Este ano foram cinco e aumentamos o número de bandeiras de cartões aceitos na loja. Essa modificação faz com que o cliente retorne outras vezes, criando um vínculo conosco”, destaca.
ESPERANÇAS
O ano de 2017 demonstrou ter sido positivo para a economia, superando as previsões de analistas do setor econômico. A inflação fechou em 2,8 % e o PIB cresceu até 1%. A economista Edna Santos pontua que a perspectiva de retomada é lenta e gradual para o comércio.
“O consumo se manteve baixo durante esse período de recessão. Ocorreu uma queda considerável, não no número de vendas, mas sim no valor do bem adquirido. Por isso, o consumidor recorre ao parcelamento para dar conta de comprar todos os presentes da família. As lojas que se adequaram à demanda dos clientes conseguiram fechar possivelmente com saldo positivo e até atrair novos consumidores”, pondera. “A retomada plena do comércio só irá acontecer quando os outros setores econômicos voltarem ao status positivo, porque tudo ocorre em cadeia”, ressalta a economista.
O taiobeirense Vinícius Santos mora em Montes Claros desde 2014 e foi um dos contratados para prestação de serviço temporário. Ele estava desempregado há nove meses e já sentiu o reflexo das boas vendas do fim do ano e o otimismo do empresariado em relação a 2018. Garantiu emprego em caráter definitivo.
“Participei do processo seletivo para operador de caixa em novembro, logo iniciou o treinamento e, no mês seguinte, fui contrato para o período de 30 dias. Após o Natal o meu gerente me perguntou se eu gostaria de continuar na empresa. O convite veio em ótimo momento, aceitei de imediato”.