(Vitor Costa)
Moradores que vão sepultar, prestar homenagens ou visitar entes queridos enterrados nos Cemitérios Jardim da Esperança e Senhor do Bonfim, localizados no bairro Sumaré, em Montes Claros, denunciam a falta de cuidado da administração com os túmulos. Em algumas áreas, o mato alto cobre completamente os jazigos e é difícil até caminhar entre as sepulturas.
A doméstica Leila Souza conta que é difícil distinguir os túmulos por causa do mato alto no entorno. “A parte mais próxima da entrada e dos velórios está limpa. Mas a impressão que temos do restante é que o lugar nunca foi limpo ou que está completamente abandonado”, desabafa.
De acordo com um servidor que trabalha no local e que pediu para não ser identificado por medo de retaliação, o número de funcionários é insuficiente para a demanda, ainda mais nessa época do ano. O período chuvoso facilita o crescimento rápido da vegetação.
“Dessa vez a situação está pior por causa da demora em mandar uma equipe para capinar o cemitério. Esse ano já vieram duas vezes, mas não é suficiente. São oito coveiros divididos em dois turnos, que ficam se revezando entre a capina e abertura de valas. No dia que tem muito enterro eles não conseguem limpar. Quando os parentes chegam aqui e encontram o local sujo discutem como se a culpa fosse nossa, mas fazemos o possível para manter tudo arrumado. Algumas pessoas até pagam para manter os túmulos limpos e organizados”, relata o servidor.
CONTA PRÓPRIA
O empresário Bruno Henrique dos Santos pretendo voltar no cemitério Senhor do Bonfim, onde o pai dele foi enterrado em outubro de 2014, para fazer uma limpeza na sepultura devido à falta de manutenção do cemitério.
“Da forma como está não dá para deixar uma vela porque corre risco de derreter e queimar todo o capim que cresceu em volta do túmulo. Fora que o mato alto torna o local propicio a ser usado como esconderijo para criminosos”, disse Bruno.
Em nota, a assessoria da Prefeitura de Montes Claros informou que já tem equipe no local realizando, de forma constante, a capina e a limpeza. Porém, diante da situação climática atual, de muitas chuvas, “é natural que o mato cresça” com bastante velocidade, sendo que esta situação só deve se normalizar mesmo no final de março.