(Leonardo Queiroz/Divulgação)
Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário feitos pela Copasa na região Norte de Minas terão as tarifas reajustadas a partir de 1º de outubro. O aumento médio de 10,82% foi divulgado ontem no “Minas Gerais”, o diário oficial do Estado. A taxa mínima para clientes residenciais subirá dos atuais R$ 14,51 para R$ 16,80, uma diferença de R$ 2,29.
De acordo com o decreto, autorizado pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG), as novas tarifas visam permitir que o serviço seja prestado de forma equilibrada e com qualidade.
“A revisão da tarifa permite criar condições para que a Copanor possa se reestruturar e fazer os investimentos necessários. Além disso, as famílias de baixa renda, beneficiadas pela Tarifa Social, terão reduções nas contas”, especifica a resolução.
Segundo a Arsae- MG, o último ajuste foi feito em 2016, dentro do processo da 1ª Revisão Tarifária Periódica do prestador, e o índice aplicado em setembro de 2016 foi de 10,49%. A agência explica ainda que com o reajuste nas tarifas será possível sanar as principais carências do serviço prestado na região Norte do Estado.
“O objetivo é que as novas tarifas calculadas proporcionem condições econômicas e financeiras para que a Copanor cumpra os objetivos de expansão, eficiência e qualidade na prestação do serviço, incluindo investimentos em obras de segurança hídrica”, esclarece a nota.
REPROVAÇÃO
A novidade não agradou os moradores de Montes Claros. Desde o início do ano, a cidade passa por racionamento no abastecimento. Grande parte dos bairros da cidade fica por 30 horas sem água nas torneiras. “Não vejo necessidade de reajuste. A água é salobra e não recebemos com regularidade”, diz a funcionária pública Maristela de Assis, de 42 anos.
O comerciante Antônio Silva Lisboa, de 54 anos, diz que o reajuste é injusto devido ao momento de seca vivido na região. “Estamos em pleno racionamento e ainda aumentam as tarifas”, opina.
A reportagem procurou a Copasa em busca de um retorno sobre o racionamento, mas até o fechamento desta edição a empresa não havia se posicionado sobre o assunto.