(MANOEL FREITAS)
A partir desta quarta-feira (13), qualquer parada na avenida Deputado Esteves Rodrigues (avenida Sanitária) vai ter um preço para o cidadão montesclarense. Entra em vigor a cobrança do estacionamento rotativo na via, uma das mais movimentadas da cidade.
As faixas anunciando a mudança para Área Azul foram instaladas na semana passada pela Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito (MCTrans) e logo provocaram alvoroço entre motoristas e comerciantes locais.
Diante da repercussão, o vereador Marlon Xavier (PTC) usou a tribuna da Câmara, ontem, para falar sobre o considera arbitrariedade da empresa pública que, para ele, está “ultrapassando os limites morais” para se valer como fonte de arrecadação injustificada.
“Se fosse uma secretaria que estivesse trabalhando bem, colocando semáforos, fazendo obras estruturais e ações educativas, ainda teria uma justificativa. Mas a MCTrans está metendo os pés pelas mãos mais uma vez e gastando energia para multar, multar e multar, espalhando faixas de Área Azul por toda a cidade. A MCTrans está com 90% da sua força concentrada na arrecadação”, criticou.
O vereador lembrou que o prefeito Humberto Souto fez campanha política utilizando o argumento de que acabaria com a “Transmultas”, mas que estaria “agindo de maneira inversa” e deveria “ser punida” por lesar a população.
“A gente sabe que acabar com a autarquia seria praticamente impossível, mas que façam ao menos a educação no trânsito, que revertam o que é arrecadado para os fins legais. O prefeito enganou os cidadãos. No momento em que o país está em crise, temos achatamento salarial e o trabalhador está com dificuldade até mesmo para colocar comida em casa, eles criam mais uma taxa que só vai agravar a situação e enfraquecer o comércio na região. Vamos pedir uma audiência pública para tratar do assunto, com a participação de todos os que estão estabelecidos na região”, garantiu o vereador.
DÚVIDA
Outro ponto que tem sido questionado pelo vereador é o de que estaria havendo perseguição por parte de agentes de trânsito que aplicam multas mesmo quando as pessoas não estão nos lugares indicados.
“Há casos de pessoas que estão viajando, que o carro nem estaria em Montes Claros. Até a pessoa recorrer e provar, leva tempo e desgaste”, revelou o vereador.
A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da MCTrans, José Wilson Guimarães, mas não conseguiu retorno até o fechamento da edição.