(Vitor Costa)
Motoristas que circulam pela cidade tem enfrentado dificuldades em desviar da grande quantidade de buracos nas vias. Com as chuvas, as depressões das pistas se multiplicaram, principalmente nos lugares de tráfego mais intenso. Os condutores já sentem no bolso os prejuízos. Além disso, as crateras aumentam o risco de acidentes, uma vez que ao tentar desviar o condutor acaba entrando na contramão e pode atingir um pedestre ou outro veículo.
Leonardo Ramos é motorista de aplicativo, por isso precisa circular por várias ruas da cidade e reclama do estado precário do asfalto em alguns locais. “As ruas do Centro estão em péssima situação. O processo de tapa-buracos não resolve, o piso precisa ser refeito em alguns lugares. Já nos bairros, a situação piora. Tem ruas que você quase desiste de deixar o passageiro. Após as chuvas recentes ficou ainda mais difícil”, diz Leonardo.
O motoboy Igor Teixeira faz entregas no período noturno para uma lanchonete e relata que na última semana, nos arredores do bairro Todos os Santos, passou por um buraco e quebrou peças da moto, além de ter furado o pneu. “Em um desses buracos furei o pneu. É um prejuízo atrás do outro, e que tem sofre é a população. O serviço de restauração vem sendo feito a passo de tartaruga”, desabafa Igor.
Além de prejuízo com manutenção dos veículos, os moradores ficam expostos ao risco de acidentes, como o estudante Ricardo Leite. “Não vi um buraco cheio de água e acabei caindo com a bicicleta no bairro Barcelona. Levei alguns pontos na perna”, conta Ricardo
LUCRO
O reflexo das ruas esburacadas aparece positivamente no faturamento das empresas que trabalham com conserto de pneus e suspensão. Luiz Pereira tem uma loja de peças e revela o atendimento tem crescido devido à quantidade de buracos na via.
“De segunda a sábado, mais de 15 pessoas procuram a loja para trocar peças que foram danificadas por causa dos buracos. Lucro por um lado, mas também já fui prejudicado pela situação do pavimento na cidade”, lamenta Luiz.
O NORTE fez contato com a Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização de Montes Claros (Esurb), mas até o fechamento da edição não obteve resposta sobre o assunto.