(Vitor Costa)
O trecho da Avenida Vicente Guimarães, entre a Praça dos Jatobás e as avenidas José Corrêa Machado e Francisco Gaetani, se encontra em estado de calamidade e preocupa os moradores da região. A via, que passa por vários bairros, é o principal acesso às faculdades instaladas em Montes Claros.
A empresária Gisele Cardoso relata que as condições da avenida em períodos chuvosos causam “dor de cabeça” nos moradores. “A avenida precisa ser totalmente refeita. Quando chove, o risco de o piso desabar dentro do córrego é muito grande. Vários moradores já mudaram daqui por causa disso. Tem prédios que o estacionamento alaga por problemas de drenagem na via. O prejuízo e o perigo acabam na casa das pessoas”.
Parte da estrutura de proteção na avenida não existe mais. Mariana Mendes, que utiliza a via para fazer caminhada com as amigas confirma os problemas. “Fazemos caminhada aqui com medo, porque não existe proteção nem para pedestres, ciclistas como para os motoristas. É um caos. Quando os ônibus fazem a curva vindos da Francisco Gaetani a impressão é que eles vão cair no córrego”.
SUJEIRA
Outro problema é o risco de proliferação de animais peçonhentos, bem como surgimento de novos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela na via é grande, segundo um funcionário do Centro de Zoonoses que preferiu não se identificar.
“A prefeitura esse ano já fez uma limpezinha na via, mas isso não resolve o problema, apenas maqueia. Tudo precisa ser totalmente refeito. Seria ótimo uma pista para caminhada, outra para bicicletas e aparelhos de ginástica”, complementa Mendes.
Na gestão passada, a Prefeitura de Montes Claros, iniciou aos trabalhos de recuperação de pista na avenida Vicente Guimarães, acelerados pelo Programa Municipal de Mobilidade Urbana. O projeto previa abertura, drenagem e pavimentação na extensão da avenida no bairro Canelas, ao longo do córrego Bicano-Vargem Grande, com trecho que soma aproximadamente um quilômetro de extensão, com duas pistas medindo 15 metros de largura. A via, hoje, se encontra interditada e a atual administração não informa quando estará liberada para o tráfego.
O motorista Rafael Souza não entende porque não houve prosseguimento com os serviços para a liberação da via. “O trecho trabalhado pela gestão anterior está pronto. Falta apenas a sinalização, que pôde não ser concluída por questões politicas que não interessam ao povo. É por isso que a avenida pode virar um desperdício de dinheiro”, disse.
O NORTE tentou entrar em contato com a Assessoria de Comunicação da prefeitura por telefone, mas não conseguiu contato.