(MANOEL FREITAS)
A sucessão de assaltos às agências dos Correios em Montes Claros amedronta os funcionários, que cobram mais segurança. Um novo ataque ocorreu ontem. A agência Central, que fica na praça Dr. Chaves, no centro da cidade, voltou a ser assaltada. Esse foi o quarto roubo em um mês.
De acordo com a Policia Militar, dois assaltantes chegaram armados em uma moto e anunciaram o assalto. Levaram uma quantia não informada pelos Correios. Em seguida iniciou-se um bloqueio para patrulhamento com perseguição aos criminosos.
Próximo ao Mercado Central, a moto foi abandonada pelos dois homens, que fugiram a pé. Um deles foi detido pelos policiais com uma arma de fogo calibre 22. O outro suspeito não havia sido localizado.
O último ataque a uma agência dos Correios na cidade aconteceu há 10 dias, na Cula Mangabeira. Os criminosos não foram encontrados. Agora, a investigação será feita pela Polícia Federal. Em nota, os Correios afirmaram que não informam estatísticas de roubos às agências por se tratar de assuntos relacionados à segurança.
Nem divulgam o que será feito para amenizar o recorrente problema. “Ressaltamos que os Correios não estão alheios a ações criminosas contra a empresa, adotando medidas no intuito de promover as condições mais adequadas para o atendimento, o bem-estar e a segurança dos empregados e clientes em suas unidades”, diz a nota.
Ainda de acordo com os Correios, são realizadas constantes ações visando garantir segurança, que envolvem o uso de equipamentos específicos, orientações e acompanhamentos para a prevenção de crimes.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG) cobra a contratação de mais guardas. Lideranças se reuniram ontem para discutir a situação, mas até o fechamento o encontro não tinha terminado.
SERVIÇO PREJUDICADO
O agente penitenciário Fagner Lúcio esteve na agência dos Correios para buscar um documento e deparou com a mensagem de interrupção dos trabalhos. “Toda vez que acontece algo parecido as pessoas que necessitam do serviço ficam prejudicadas. Programam-se para vir até a agência e, pela falta de segurança, encontram os Correios fechados”, lamenta.