Abandono compromete o patrimônio histórico de MOC

Os poucos casarões e imóveis históricos que ainda resistem na cidade não são bem cuidados

Vitor Costa, estagiário sob supervisão do editor
Montes Claros
16/09/2017 às 00:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:35
 (Vitor Costa)

(Vitor Costa)

A situação dos prédios históricos de Montes Claros tem chamado a atenção de moradores e turistas. Alguns estão em flagrante abandono, com o risco de desabamento por falta de reparos, e com isso a cidade perde parte de sua identidade urbanística.

O Sobrado dos Teles de Menezes é um dos 17 patrimônios arquitetônico tombados pelo decreto municipal n°1761 de 28 de setembro de 1999. Apesar disso, está em estado precário de conservação, representando uma ameaça à segurança de quem transita próximo ao local, como destaca o motorista José Geraldo Nunes. “O que mais nos preocupa é o fato da estrutura estar desabando aos poucos, colocando em risco todas as pessoas que passam pela calçada ou precisam estacionar no local”, diz. “Isso é um descaso com o patrimônio histórico”.

O Palácio Episcopal, um dos prédios mais notáveis da cidade, tem problemas na parte elétrica, além de estar com a fachada ocupada por pombos. As fezes das aves contribuem para a degradação do patrimônio.

No Corredor Cultural, o calçamento em algumas partes está deteriorado. O descaso chama a atenção do estudante de engenharia Nilton Machado.

“Visivelmente, alguns casarões necessitam de obras de restauração e intervenção urgente. Fora uma fiscalização mais adequada, porque alguns deles já foram pichados e isso é um absurdo. Outra questão importante é o problema na calçada do Corredor Cultural, que está com pedras soltas, acredito que seja devido o fluxo de carros no local que agrava a situação”, considera.
 
POUCOS
Para a gerente de Preservação e Promoção do Patrimônio Cultural de Montes Claros, Raquel Mendonça, o número de bens culturais imóveis, moveis e naturais tombados ou protegidos pelo município é irrisório. Ela destaca ainda que a preservação do patrimônio histórico deve ser de interesse de toda a comunidade. “A maioria dos prédios históricos tombados apresentam bom estado de conservação. O tombamento não tira o direito de propriedade, ficando os imóveis contemplados com a proteção municipal isentos do pagamento de IPTU. Mas os proprietários devem zelar pela conservação dos imóveis, sejam elas pertencentes a instituições públicas, religiosas ou particulares, contando com apoio e orientação técnica do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Montes Claros”.

Os proprietários dos imóveis citados não foram localizados pela reportagem.

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