Tarifa personalizada

Consumidores poderão optar, a partir de janeiro, por modelo com cobranças diferenciadas conforme o horário

Tatiana Moraes
Hoje em Dia - Belo Horizonte
16/10/2017 às 21:54.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:15
 (Cristiano Machado 16/4/2015)

(Cristiano Machado 16/4/2015)

Após aumentos históricos na conta de luz, registrados nos últimos anos em decorrência das alterações na regulamentação do sistema elétrico e da falta de chuvas, o consumidor terá, finalmente, a chance de pagar menos pela energia utilizada. Entra em vigor, em janeiro do ano que vem, a chamada Tarifa Branca. A ideia é que a tarifa seja reduzida em alguns horários, e fique mais cara em outros. Cabe ao cliente da distribuidora decidir se vai aderir ao modelo ou não. 

Na Cemig, por exemplo, o quilowatt-hora (KWh) fica 20% mais barato nos horários chamados de “fora de ponta”, quando o uso da energia é menos intenso. 

Por outro lado, no horários de ponta, de 17h às 20h, a tarifa é 94% mais alta. Nos sábados, domingos e feriados, a tarifa fica estacionada no patamar mais baixo. 

Atualmente, os consumidores pagam uma tarifa apenas, independentemente do horário do uso: R$ 0,49 por KWh. Com a mudança, o consumidor poderá economizar. Mas, se usar muita eletricidade no horário de ponta, precisará desembolsar mais do que antes.
 
VANTAGENS 
Conforme a presidente da Associação de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, o cliente deve analisar o perfil dos moradores da residência antes de se decidir pela troca. “Se as pessoas que moram na casa trabalham ou estudam a noite e não consomem energia quando a eletricidade está mais cara, por exemplo, a Tarifa Branca valerá para elas. Porém, se são muitas pessoas na casa e o horário de uso da energia é variado, fica difícil saber se será vantajoso ou não. O ideal é avaliar antes de aderir”, afirma. 

O analista de Comercialização de Energia da Cemig, Luciano José de Oliveira, explica que dificilmente algum consumidor conseguirá anular o consumo de energia durante o horário de ponta. “Tem sempre alguma luz acessa nos eletrodomésticos, ou uma geladeira ligada”, afirma. Ele ressalta, ainda, que a alteração será possível, inicialmente, para quem consome mais de 500 KWh. A título de comparação, uma família com dois filhos gasta, em média, 250 KWh. Para as novas ligações também será possível optar pela Tarifa Branca.

Para aqueles que consomem entre 250 KWh e 500 KWh, será possível fazer a adesão a partir de janeiro de 2019. Para quem gasta menos de 250 KWh, o prazo começa em janeiro de 2020.

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