Luís Alberto Caldeira
Repórter
luis@onorte.net
Uma viagem de muitas surpresas, belas paisagens e um clima de aventura. Assim se resumem os 750 quilômetros percorridos pela equipe de O Norte no circuito que desbravou os caminhos de seis municípios: Francisco Sá, Grão Mogol, Cristália, Botumirim, Itacambira e Juramento.
Essa viagem fez parte da expedição Caminhos dos Geraes, uma das principais novidades da 16º Festa nacional do pequi. Jornalistas, ambientalistas, professores e pesquisadores de Montes Claros foram convidados para uma nobre missão: conhecer boa parte da biodiversidade do Norte de Minas e reportar os entraves e as perspectivas notadas ao longo de quatro diferentes roteiros e, assim, promover a exploração do ecoturismo na região.
O Norte também esteve presente e pegou a estrada que leva ao circuito Grão Mogol/Usina de Irapé durante três dias. Os demais roteiros são Serra Geral/Rio Pardo; Peruaçu e Serra Geral.
A largada aconteceu na manhã do último dia 23 de novembro, na Praça dos Jatobás, em Montes Claros, e contou com a presença do prefeito Athos Avelino, abrindo oficialmente o evento. Ele ressaltou a importância de se explorar a biodiversidade do cerrado e falou ainda sobre a regionalização da Festa nacional do pequi.
- É muito importante esses quatro caminhos a serem percorridos, uma vez que é conhecendo que se ama. Ao conhecermos o nosso potencial ecológico, nós vamos cada vez mais defendê-lo. E também, assim, vamos contribuir para o caráter mais regional da Festa nacional do pequi, e com isso fazendo uma festa que não é só de Montes Claros, mas de toda a região - afirmou o prefeito.
Athos Avelino ressalta a importância de se regionalizar
a Festa nacional do pequi (Fotos: Luís Alberto Caldeira)
- Dizem alguns estudiosos que nós temos a maior biodiversidade do cerrado do planeta e isso ainda está inexplorado e desconhecido. É importante desfraldá-lo - continua Athos Avelino.
Para o secretário municipal de meio ambiente, Paulo Ribeiro, é necessária uma conscientização de que Montes Claros é incapaz de resolver seus problemas de forma isolada, e só o trabalho em conjunto com os demais municípios do Norte de Minas seria o caminho para o desenvolvimento regional.
- Montes Claros, na verdade, sempre esteve de costas para a região e de frente para os palácios, sempre dependendo de favores, e com aquela política de falar que somos pobres e que a região é miserável. Isso é tudo mentira. Essa expedição vem provar isso. Nós temos um grande potencial. O que nós temos que fazer é a integração regional, conhecer as nossas potencialidades, os nossos problemas, e criar um plano de desenvolvimento regional sustentável. A região tem todas as condições para que isso aconteça - diz.
Para o secretário Paulo Ribeiro, é preciso integração regional
O secretário salienta ainda a necessidade de construir alternativas locais junto à população:
- É preciso valorizar a nossa cultura, a auto-estima, conhecer, e apontar soluções para a nossa região.
A EXPEDIÇÃO
Chegava a hora de pegar a estrada. Entusiasmo, apreensão e ansiedade eram os sentimentos mais comuns entre os integrantes das tripulações responsáveis por desfraldar o potencial turístico do Norte de Minas.
Jipe Troller – ainda limpo – se prepara para enfrentar
três dias de lama e aventura
Nessa expedição, vamos enfrentar chuva, lama, estradas de terra. Fazer escaladas, caminhadas, passar por pontes estreitas, conhecer a biodiversidade ecológica, histórica e cultural da região, e ver de perto belezas indescritíveis.
Mas a reportagem completa sobre a expedição Caminhos dos Geraes no circuito Grão Mogol/ Irapé você confere nas próximas edições de O Norte e aqui em onorte.net.
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