Alexsandro Mesquita
Correspondente
GLAUCILÂNDIA - Qual criança nunca sonhou em fazer parte do exército ou não se imaginou num daqueles filmes de ação? Pois é, criança que é criança sempre sonha, acredita e, quando cresce, às vezes esse sonho, não o da ficção, mas o da realidade, o de servir à sua própria pátria, se realiza.
Pois bem. Glaucilândia terá em Gilmar Mesquita dos Santos o seu mais ilustre representante na missão de paz que o Brasil terá no Haiti. Ele integrou às forças armadas em 1989, aos 17 anos de idade, como voluntário no 55° Batalhão de infantaria de Montes Claros. Seguiu, então, seu destino e, em 1992, foi aprovado na ESA - Escola de sargentos das armas. Desde então é 2° sargento da cavalaria em Pirassununga, estado de SP.
São aproximadamente 1.000 homens do exército brasileiro que irão compor a missão de paz. Para Gilmar Mesquita, essa missão vai servir para que ele adquira mais experiência de vida e também profissional, principalmente por se tratar de outro país e, conseqüentemente, outra cultura.
- Nós tivemos um treinamento que durou seis meses, quando aprendemos o idioma local, que é o francês - diz o sargento.
O PAÍS
A capital do Haiti é Porto Príncipe e o francês e crioulo são os idiomas oficiais. O catolicismo é a religião oficial, mas a influência africana é marcante em práticas místicas, como o vodu. O clima não é diferente do Brasil, sendo tropical, e a hora local é de menos 2h em relação a Brasília.
A viagem está marcada para o dia 26 deste mês e, segundo Gilmar, o tempo de duração da missão de paz desses homens que se apresentam agora é de 6 meses, porém, dentro de três meses, eles retornarão para visitar a família, ficam 20 dias e voltam para cumprir o restante da tarefa.
O Haiti foi o primeiro país de maioria negra a conquistar a libertação dos escravos, em 1794, e a independência, em 1804. Entretanto, é o país mais pobre da América Central.