Mais segurança no campo: projeto baseado na Rede de Vizinhos Protegidos chega ao interior de Minas

Hoje em Dia - Belo Horizonte
23/09/2017 às 00:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:42
 (Sergio Teixeira/DIVULGAÇÃO)

(Sergio Teixeira/DIVULGAÇÃO)

Manter a segurança na zona rural também é uma das prioridades da Polícia Militar mineira. A corporação tem levado para o campo a Rede de Propriedades Rurais Protegidas. O projeto é baseado na rede de vizinhos existentes nas áreas urbanas das cidades.

A ideia é mobilizar os moradores para, em conjunto com a PM, viabilizar ações de prevenção e repressão aos crimes. Grupos bem estruturados, possibilitando ao policial chegar às propriedades rurais – de pequeno, média ou grande porte – estão sendo criados. O militar fará visitas de orientação e atenderá denúncias.

“A partir deste projeto são feitas reuniões com os proprietários, trabalhadores rurais e moradores. São encontros periódicos com eles para apresentar, por exemplo, dicas de segurança para o ambiente rural”, explica o diretor de Apoio Operacional da PM, coronel Geovani Gomes da Silva.

O oficial ainda destaca a importância do envolvimento da comunidade. “É fundamental. Ela é convidada a participar das reuniões, onde são tratadas as peculiaridades da região. Minas Gerais é um Estado muito grande e diverso. Os encontros servem para discutir as principais demandas de cada localidade”, reforça.
A iniciativa já funciona em cidades como Patrocínio (Alto Paranaíba) e São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas). Agora, está sendo implantada nos arredores de Mariana, na região Central. Atualmente, é feito o cadastro dos moradores.

“É uma fase demorada. É uma visita. Também explicamos o trabalho e aproveitamos para gerar um vínculo com as pessoas”, conta o comandante da Companhia de Meio Ambiente, major Juliano José Trant de Miranda. “A ação está tendo uma repercussão muito positiva”, frisa.

Além da Rede de Propriedades Rurais Protegidas, o coronel Geovani destaca outras ações da corporação voltadas para a segurança no campo. Segundo ele, já existe em alguns pontos do Estado a Patrulha Rural, que consiste na vigilância das propriedades.

Em 2018, a expectativa é a de que a PM receba novos veículos com capacidade de trafegar em pisos de asfalto e de terra. A medida vai beneficiar tanto as ações da Patrulha Rural quanto o desenvolvimento da Rede de Propriedades Rurais Protegidas.

Novas tecnologias serão implantadas
Além da mobilização da comunidade rural, o sucesso do projeto passa pela incorporação de novas tecnologias, como o uso de GPS. Por meio do georreferenciamento – definição da forma, limites, características e localização de um imóvel através de métodos de levantamento topográfico – as propriedades são cadastradas e recebem um código.

“Ao sair para investigar uma denúncia, o policial vai encontrar a propriedade rural por meio das coordenadas geográficas. Será um deslocamento mais rápido do que temos hoje, já que o GPS aponta as rotas mais rápidas”, explica o coronel Geovani.

De acordo com o militar, um código será criado para cada fazenda. “Quando fizermos a consulta, serão listados todos os dados relacionados àquela propriedade rural”, acrescenta.

O sistema é chamado de Reds. O procedimento visa evitar a duplicidade de nomes. Segundo a PM, ele anula a possibilidade de erro.

Com isso, a guarnição poderá se deslocar para qualquer ponto da área rural, devendo apenas informar o código Reds a ser fiscalizado no GPS. Em seguida, o aparelho irá traçar a rota mais curta informando, inclusive, alertas de curvas, velocidade, proximidade e chegada ao destino.

Além de agilizar o atendimento, a iniciativa traz mais segurança ao policial militar, que poderá conhecer o trajeto com antecedência.

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