Mais prefeituras aderem à greve

Pelo menos 35 municípios do Norte de Minas irão participar da paralisação marcada para 21 de agosto

Christine Antonini
Montes Claros
15/08/2018 às 06:54.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:56
 (AMAMS/DIVULGAÇÃO)

(AMAMS/DIVULGAÇÃO)

Das 92 prefeituras que fazem parte da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), pelo menos 35 confirmaram a adesão à paralisação das atividades no próximo dia 21 em protesto contra os atrasos no repasse de verbas obrigatórias por parte do governo de Minas. 

A ideia da mobilização partiu da Associação Mineira dos Municípios (AMM). Inicialmente, apenas quatro prefeituras concordaram em parar –Padre Carvalho, Catuti, Bocaiuva e Patis. Mas em reunião realizada no final da tarde de segunda-feira, 35 prefeitos confirmaram presença na comitiva que irá até a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. De lá, seguirão em carreata até o Palácio da Liberdade.

A greve tem o intuito de mostrar à sociedade a caótica situação financeira das prefeituras mineiras com os constantes atrasos no repasse de verbas pelo governo do Estado.

Dados da AMM indicam que o Estado reteve R$ 7,8 bilhões que deveriam ter sido destinados aos municípios, como Fundeb, ICMS, IPI e IPVA. O Norte de Minas tem aproximadamente R$ 1 bilhão desse total.

O impacto já atinge os serviços de transporte escolar e da saúde. “A situação econômica está se tornando insustentável e, por isso, é preciso buscar uma saída. Depois de muitas discussões, os prefeitos aprovaram a proposta de adesão ao movimento de mobilização em Belo Horizonte”, afirma Marcelo Felix, presidente da Amams e prefeito de Januária.

Segundo ele, para unificar a posição da região, será confeccionada uma camisa específica, além de ser realizado um comunicado à população.
 
ACORDO
O prefeito de Catuti, José Barboza (Zinga), do PSD, que também é diretor da Regional Norte da AMM, afirma que a paralisação poderá continuar após o dia 21 caso o Estado não quite os débitos.

“Se até o dia 21 o governo de Minas regularizar as pendências com os municípios, suspenderemos a greve. Na mesma data, iremos nos reunir com as lideranças do governo Pimentel. Se não tivermos um retorno positivo, vamos realizar uma assembleia para viabilizar uma paralisação por tempo indeterminado”, ressalta. 
 
APOIO
A vice-presidente da Amams e prefeita de Bocaiuva, Marisa Alves de Souza, e o secretário-executivo da entidade Ronaldo Mota Dias acompanharam, na Assembleia Legislativa, a aprovação do projeto de Lei 5.012/2018, que permite arrecadar aproximadamente R$ 1,5 bilhão, ou seja, 20% do total da dívida do Estado com os municípios mineiros. “Não é muito, mas já alivia”, diz a vice-presidente.

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