Paulo Brandão
Correspondente
Depois de uma longa reforma, ampliação de algumas dependências e construção da maternidade Lia Brandão, o hospital municipal Dr. Gil Alves pode deixar de ser uma autarquia e se transformar em uma fundação comunitária. O complexo hospitalar de abrangência regional, capaz de realizar procedimentos de baixa e média complexidade atualmente atende à população de Bocaiúva e de outras cinco cidades da micro-região do Portal do Norte.
Durante toda a semana foram realizadas reuniões para se decidir o futuro do hospital. Uma delas aconteceu na câmara municipal, na terça-feira, 08/11, quando o prefeito Alberto Caldeira explicou aos vereadores e a população o que acontecerá se o hospital for transformado em fundação hospitalar. Várias pessoas compareceram à reunião com faixas de protesto e camisas com dizeres como Diga não à privatização. Outros a contestar sobre o tema foram os vereadores da oposição, Ronildo Ribeiro de Andrade e Nilma de Oliveira, ambos do PSDB. De acordo com os edis, o atendimento do hospital é precário e não apoiavam o projeto do executivo, alegando que nisso traria mais transtornos.
OPÇÃO CIRCUNSTANCIAL
A fundação hospitalar comunitária é uma entidade sem fins lucrativos, que tem a participação de um conselho comunitário representado por diversos segmentos da sociedade e de atividades assistenciais no setor hospitalar.
De acordo com o prefeito, a dificuldade de manutenção dos serviços públicos de saúde nos níveis de baixa e média complexidade, como os oferecidos em Bocaiúva, tem motivado os gestores municipais em todo o país a optarem por instituições comunitárias sem fins lucrativos, para desenvolverem suas missões de assistência à saúde, em nível hospitalar.
Conforme a cartilha, a fundação poderá trazer alguns benefícios ao hospital como: maior agilidade administrativa, melhoria nos serviços e atendimentos, parcerias com investidores privados, isenções fiscais e tributárias, independência política e administrativa, pois é uma entidade suprapartidária.
O grupo de oposição ao prefeito alega que depois de quatro anos de investimento com verbas federais e recursos do município alguns membros deveriam administrar a aspirada fundação. Outras reuniões estão marcadas para decidir o futuro do hospital Dr. Gil Alves.