Feira traz alternativa para produtor rural

1° Feira AgroRural de Montes Claros reúne empresários para ofertar melhores negócios ao homem do campo

Christine Antonini
Montes Claros
03/10/2017 às 21:29.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:03
 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

(Fernando Frazão/Agência Brasil)

Diversas empresas do agronegócio, em parceria com Emater e Sociedade Rural, realizam de amanhã a sábado a 1° Feira AgroRural de Montes Claros. O evento busca apresentar para o homem do campo soluções eficientes para enfrentar a crise econômica e a estiagem. 

Devido à falta de chuva, o produtor vem sofrendo grandes perdas na plantação e também na criação de animais, o que afeta vários segmentos, como o de laticínios. Com isso, há redução na produção, afetando também os lucros. 

De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), outro fator que também tem desmotivado o produtor rural é a falta de financiamento direcionado para o campo, uma vez que os bancos estão receosos em investir sem a certeza do retorno. “É uma oportunidade de os empresários apresentarem os produtos, preços e condições de pagamento. Estamos todos em prol do homem do campo”, pontua Júnior Souza, um dos organizadores do evento. 
 
CRÉDITO
A 1° Feira AgroRural também tem a participação dos bancos do Brasil, Santander e Nordeste e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que orientarão os participantes a como investir no momento de crise. Empresas agrícolas estarão presentes apresentando as novidades para o setor, como implementos agrícolas e insumos. 

O evento é gratuito e acontecerá das 8h às 18h, na sede da empresa Triama Norte, localizada na avenida Deputado Plínio Ribeiro, n°937 - bairro Esplanada. 
 
PLANTAÇÃO
O homem do campo está esperançoso com o mês de outubro. Segundo a meteorologia, a expectativa é de chuva, o que pode mudar o cenário de perdas de safra. As apostas para a safra 2016/2017 foram o milho e feijão. A Emater de Montes Claros, responsável por 89 municípios do Norte de Minas, fez a estimativa de colheita para 185 mil toneladas de milho, mas foram colhidas apenas 25.273 – uma perda de 86,7%. Já a plantação de feijão, a expectativa era de 21 mil toneladas, contudo a colheita foi 3.928,2 – 81,5% foram perdidos. 

Ainda de acordo com o relatório da Emater, a produção de leite também foi afetada no cronograma de 2016/2017. Antes eram produzidos 600 mil litros de leite por dia no Norte de Minas, hoje 372 mil – redução estimada de 62%. 

A falta de chuva contribuiu para agravar a seca norte-mineira. Dos 730 córregos e rios do Norte de Minas, 70% estão comprometidos. Já as barragens de armazenamento de água tiveram redução média de 60%. 

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