Está preso o suspeito de financiar a quadrilha envolvida na explosão da agência do Banco do Brasil em Rio Pardo de Minas, na região Norte do Estado. O crime foi na quinta-feira passada, 8 de fevereiro. Ao todo, oito pessoas envolvidas na ação criminosa estão na cadeia. Cerca de R$ 40 mil foram recuperados.
O homem suspeito de encabeçar o bando tem 49 anos é um empresário bastante conhecido na cidade de Taiobeiras, na região Norte de Minas. Segundo um dos delegados responsáveis pela investigação, Alessandro da Silva Lopes, ele fornecia armamento e hospedagem para a quadrilha.
“Além de passar informações a respeito da dinâmica de segurança das cidades, o empresário financiava o transporte dos criminosos. Até passagem de avião era comprada para transportar os integrantes da quadrilha que efetuam os ataques a bancos da região”, explica o delegado.
Um advogado que dava fuga para o empresário também foi preso. Ele foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e responderá por facilitação de fuga em benefício próprio.
A Polícia Militar encontrou um vasto armamento escondido no matagal próximo ao imóvel do suspeito. No local foram encontrados cinco fuzis (sendo um AK-47 e quatro .556), 13 bisnagas de dinamite, além de grande quantidade de detonadores, cordel detonante e um colete à prova de balas.
“O investimento era alto. Armas de grosso calibre, além de explosivos em grande quantidade eram usados pela quadrilha”, complementa o delegado.
Após os crimes, a quadrilha se escondia em um motel de propriedade do empresário. “Os criminosos iam embora sem armas e dinheiro, o que não levantava suspeita. Depois de alguns dias, o empresário depositava em banco a quantia de cada envolvido no crime”, diz.
A suspeita da polícia é a de que esta quadrilha esteja envolvida em pelo menos dez ataques a bancos na região Norte de Minas ocorridos do fim do ano passado até o início deste ano.
O empresário está preso no Presídio de Taiobeiras e deve ser transferido para uma unidade de segurança máxima da região.
Agora, a Polícia Civil tenta identificar os demais integrantes da quadrilha na tentativa de localizar o dinheiro roubado em outros ataques. Só no assalto ao Banco do Brasil em Rio Pardo de Minas 15 pessoas estariam envolvidas. A explosão de caixas eletrônicos inviabilizou temporariamente o funcionamento da agência, a única do BB naquela cidade.