Vamos à neuróbica!

Ginástica para o cérebro é importante para manter a mente ativa e saudável

Patrícia Dumont
Hoje em Dia - Belo Horizonte
30/03/2018 às 06:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:05

Bíceps, tríceps, pernas, abdômen e... cérebro. Isso mesmo, cérebro! Mais do que passar horas e horas exercitando somente o corpo, é preciso malhar também a mente. Responsável pelo aprendizado, pela memória e concentração, o cérebro funciona como uma poupança: quanto mais cheio, mais “rico”. Para evitar atrofia ou pane, recorra o quanto antes à neuróbica.

Criador do termo, o neurocientista norte-americano Lawrence Katz explica porque, apesar de não ser um músculo, o cérebro é, de certa forma, “elástico”.

“Se você vai a pé ou de carro para o trabalho, sempre pelo mesmo caminho e todos os dias, usa os mesmos circuitos, e as ligações neurais entre as áreas necessárias para fazer esse percurso tornam-se fortes. Já as outras, com áreas que eram ativadas quando o caminho era novo, vão se tornando fracas à medida em que a viagem vira rotina”, descreve o pesquisador, no livro Mantenha o seu Cérebro Ativo.

A publicação é um bê-a-bá da atividade cerebral e da importância de mantermos a mente ativa. Explica não só como o principal órgão do nosso corpo trabalha, mas como nós podemos, diariamente, ajudá-lo a funcionar melhor.
 
ATIVIDADE
Mais do que incrementar a inteligência – afinal, quanto mais velho, mais sábio –, aumentar a reserva cognitiva ajuda a proteger o cérebro de doenças neurológicas, como o Alzheimer. Ou seja, é bom sempre renovar os conhecimentos. 

Mas ninguém precisa pensar que só de exercícios mirabolantes vive o cérebro. Ir ao cinema, ler, resolver palavras cruzadas, falar em público, contar piada. Tudo isso ajuda a hipertrofiar o órgão. Ficou animado? Confira no infográfico 12 exercícios descomplicados para fazer todo dia.


Cardápio previne pane precoce
Ter atenção ao que se coloca no prato também é um exercício diário que colabora com a saúde do cérebro. Gorduras boas, ovos, frutas roxas e vermelhas e vitaminas do complexo B são os ingredientes que fazem a festa das células cerebrais.

Um dos mais importantes grupos têm relação direta com a constituição do órgão (60% dele é formado por tecido gorduroso, explica a nutricionista funcional Letícia Soares). Daí a importância de manter o consumo de ômega 3, encontrado no salmão, na sardinha e na linhaça.

“Ele compõe a membrana externa das células cerebrais, os neurônios, sendo essencial para a troca rápida de mensagens no cérebro”, detalha.

O mesmo vale para os ovos. A colina, presente na gema, ajuda a sintetizar a acetilcolina, importante neurotransmissor responsável pela memória e cognição. A recomendação diária é uma unidade do ovo de galinha ou três de codorna. Os benefícios, garante a nutricionista, superam as dúvidas sobre o aumento do colesterol ruim.

Frutas vermelhas e arroxeadas, como amora e uva (o próprio vinho tinto), são antioxidantes e protegem o Sistema Nervoso Central contra o envelhecimento. 

Vitaminas do Complexo B, por sua vez, auxiliam no desenvolvimento dos neurônios. São encontradas no feijão, na lentilha, nos alimentos integrais e na carne vermelha. 

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