(Divulgação/Codemig)
Demanda antiga do município de Araxá, no Triângulo Mineiro, a implantação da Vila do Artesanato está mais perto de acontecer. O processo licitatório para as obras já foi lançado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e está agendado para o próximo dia 23 de março.
O empreendimento será estabelecido próximo ao Grande Hotel, principal patrimônio turístico de Araxá, e reunirá artesãos de diversas especialidades regionais, como tecelagem, escultura, bordados e alimentos, dinamizando a produção local. A previsão é concluir as obras até o fim de 2018, com investimentos de aproximadamente R$ 3 milhões, oriundos da Codemig.
O objetivo do espaço é fomentar e fortalecer a produção e comercialização do artesanato regional, buscando alavancar seu reconhecimento e participação no turismo e na economia regional. O empreendimento contribuirá para a valorização e preservação das diversas manifestações culturais locais, oferecendo ao artesão de Araxá e região um local de promoção do ofício. O ambiente também terá local adequado para eventos e shows musicais, além de um centro de informações ao visitante.
A construção da Vila permitirá revigorar o artesanato na região, dando uma atração adicional ao Parque do Barreiro, que recebe turistas de diversas regiões. Por meio do artesanato, o turista terá contato com o micro e pequeno empresário.
O modelo de gestão está sendo definido juntamente com os artesãos, a fim de que a Vila do Artesanato seja dinâmica, vibrante e autossustentável, identificada com a cidade, de modo a reforçar sua atratividade turística.
POLÍTICA PÚBLICA
A iniciativa reflete a diretriz governamental de valorizar os diversos territórios mineiros. A proposta é construir um equipamento democrático, onde os artesãos tenham espaço para mostrar seus trabalhos.
O projeto contempla também uma das metas da política pública do Governo de Minas para o artesanato, que é estabelecer ações permanentes para o segmento.
A construção da Vila do Artesanato vai ao encontro do que tem sido feito no Estado: iniciativas e empreendimentos solicitados pela própria população, principalmente durante os Fóruns Regionais.
INDÚSTRIA CRIATIVA
A Vila do Artesanato e o fomento da Codemig ao segmento integram as ações ligadas ao programa Minas de Todas as Artes, que até o fim de 2018 deve investir mais de R$ 50 milhões em editais de fomento e fortalecimento, com iniciativas de valorização de setores como gastronomia, audiovisual, design, moda, música e novas mídias.
A iniciativa pioneira busca fomentar o desenvolvimento de novos negócios que gerem empregos, renda e riquezas. É política pública do Governo de Minas ampliar a participação da indústria criativa na matriz econômica do Estado.
A Indústria Criativa constitui a cadeia produtiva composta pelos ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários. Estima-se que haja mais de 250 mil empresas no Brasil na área da Indústria Criativa.
Edital público de fomento
O governo do Estado, por meio da Codemig, lançou o edital de fomento ao artesanato, que teve inscrições abertas até 2 de março de 2018. A iniciativa irá movimentar recursos e mão de obra na capital e no interior.
De acordo com estimativa realizada pelo Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro Cape), o R$ 1,8 milhão disponibilizado pelo edital irá beneficiar em média 720 artesãos, 80% deles em comunidades no interior.
Perto de R$ 1,1 milhão será injetado na indústria para a compra de insumos, gerando 1.440 empregos indiretos. Para cada artesão beneficiado, a expectativa é que dois outros trabalhadores sejam beneficiados indiretamente.
Anunciado pelo governador Fernando Pimentel na abertura da 28ª Feira Nacional de Artesanato, em dezembro passado, o edital de fomento ao artesanato tem por objetivo estimular o segmento, reconhecendo-o como estratégico para o desenvolvimento econômico sustentável de Minas e promovendo o fortalecimento das entidades e profissionais da atividade.
Serão selecionadas pelo menos 18 entidades, buscando contemplar os territórios de desenvolvimento do Estado. Cada selecionado receberá no máximo R$ 100 mil, a serem destinados à compra de matéria-prima e ferramentas e ao custeio de capacitações profissionais.