Vai muito bem em qualquer terreno

Polivalente, Audi Q5 chega com atributos que fazem dele um carro familiar, esportivo e até mesmo jipinho

Marcelo Ramos
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/02/2018 às 05:41.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:07
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

Utilitários-esportivos (SUV) são carros enormes, alguns têm estabilidade ineficaz, outros bebem muito e ocupam espaço incompatível com a oferta escassa de metros quadrados das grandes metrópoles (inclusive nas vagas de garagem). Porém, todo mundo quer ter um jipão, e a indústria sabe bem disso. Tanto é que há uma infinidade de subcategorias ramificadas no segmento. 

Por aqui, a Audi tem três utilitários – Q3, Q5 e Q7 –, que brigam no terreno dos jipinhos e jipões de luxo – de R$ 150 mil a R$ 420 mil. A gama pode parecer enxuta diante das rivais BMW e Mercedes-Benz, que têm mais de uma mão cheia de opções, mas a montadora consegue preencher uma faixa onde o consumidor endinheirado orbita.

Testamos o Q5, na versão topo de linha Ambition, que retornou no segundo semestre de 2017 renovado e com bons atributos para cativar quem pode pagar valores de R$ 245 mil a R$ 293 mil.

Num patamar que beira os R$ 300 mil, no qual o consumidor tem um leque imenso de possibilidades, o jipinho alemão tenta se fazer valer pela habilidade de cumprir o papel de categorias diferentes.

O Q5 oferece performance de um modelo de pegada esportiva como o irmão A5 Sportback, mas com habilitação para uso fora de estrada – ainda que raros sejam os que levam o jipinho às condições mais extremas. Aguentar, ele aguenta. Mas é como o sujeito calçar chuteira caríssima para bater aquela pelada de final de ano, que serve de desculpa para o churrasco e a cervejada. Analogia do atendente da própria marca e que faz todo o sentido.

O SUV impressiona pelo comportamento tanto na estrada quanto na cidade. Apesar do porte avantajado e da largura, ele se desloca com boa desenvoltura, além de ter consumo comedido para um carro de 1.720 quilos.

No entanto, pelo valor, o automóvel fica devendo alguns conteúdos, oferecidos como opcionais, como recursos de condução semiautônoma. Ao mesmo tempo, afaga o consumidor com quadro de instrumentos digital, ar-condicionado de três zonas, sistema de áudio de alta fidelidade, banco do motorista com ajustes elétricos e duas posições de memória, dentre outros mimos.

Num patamar que beira os R$ 300 mil, o consumidor tem um leque imenso de possibilidades. O jipinho alemão tenta se fazer valer pela habilidade de cumprir o papel de categorias diferentes

Audi Q5 Ambition 2.0
O que é?
Utilitário-esportivo (SUV) médio, quatro portas e cinco lugares.

Onde é fabricado?
No México.
 
Quanto custa?
R$ 292.990
 
Com quem concorre?
No segmento em que figuram modelos como BMW X3 xDrive35i M Sport (R$ 325.950), Jaguar F-Pace Prestige (R$ 301.500), Land Rover Discovery Sport HSE Luxury (R$ 281.600)
 
No dia a dia
É um automóvel polivalente, consegue ter o comportamento de carro esportivo, o bom espaço de um sedã tanto para passageiros quanto para bagagem, além de suas credenciais para uso todo terreno. No uso cotidiano, o jipão alemão se desloca bem na cidade, apesar de ser um carro largo (1,89 metro) e pesado (1.720 quilos). Muito dessa mobilidade é graças a itens como sensores dianteiros e traseiros, câmera de ré e assistente de estacionamento que facilitam encaixar seus 4,66 metros numa vaga sem esfolar suas grandes rodas ou dar um beijinho de para-choque.
 
No entanto, o Q5 peca por não oferecer itens como controle de cruzeiro ativo (ACC), monitor de faixa de rolagem e frenagem de emergência como item de série. Para os conteúdos de direção semiautônoma é preciso desembolsar quase R$ 15 mil a mais pelos recursos. 
 
Motor e Transmissão
A unidade TFSI 2.0 é um velho conhecido do mercado brasileiro, por equipar modelos como VW Jetta, Golf GTI e Fusca, além de Tiguan, A3 Sedan e outros. No Q5 ele desenvolve generosos 252 cv e 37,5 mkgf de torque, combinados com a transmissão S Tronic de dupla embreagem e sete velocidades, que dá à perua uma performance invejável.  
 
Os modos de condução, com cinco opções, alteram todo o regime do motor e carga da direção, permitindo que o jipão seja um carro pacata, um esportivo e até mesmo um utilitário-esportivo com direito a assistente de descida de ladeira. Ele também é um jipinho matreiro! 
 
Como bebe?
A média de consumo no combinado entre trajeto urbano e rodoviário, com gasolina, foi de 9,2 km/l.
 
Suspensão e freios
O conjunto de suspensão independente, tanto no eixo dianteiro quanto no traseiro, oferece estabilidade ímpar. Como se trata de um SUV, seu curso é mais longo, mas não oscila em curvas mais velozes. Um dos trunfos do Q5 é sua tração integral Quattro Ultra que atua de forma praticamente imperceptível sempre que há demanda de torque nas rodas dianteiras traseiras. 
 
Já os freios contam com largos discos ventilados nas rodas que são capazes de reduzir velocidades elevadas em poucos segundos e em distâncias curtas. Ele ainda conta com sistema de freio automático durante paradas em sinais, no qual as pinças se mantêm pressionadas sem a necessidade de manter o pé no pedal. Para soltá-las, basta tocar no acelerador.
 
Pontos positivos
Consumo
Desempenho
Acabamento 
 
Ponto negativo
Pelo preço cobrado, deveria vir com recursos de condução semiautônoma como itens de série

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