(Marcelo Ramos)
Poucos sedãs definem tão bem o conceito de três volumes como o BMW Série 5. O modelo executivo da marca alemã preserva conceitos que têm sido aposentados em nome de soluções de arquitetura e construção mais versáteis.
Hoje, o Série 5 é um dos poucos sedãs que ainda ostentam tração traseira e motor longitudinal. Além dele, há o Mercedes-Benz Classe E (assim como o C e o S), o Jaguar XF, os irmãos séries 3 e 7 e alguns poucos modelos norte-americanos. O restante ou tem tração dianteira ou integral.
No entanto, atualmente isso pouco difere na experiência ao volante. Afinal, aquela condução com saída de traseira foi anulada pela eletrônica. E poucos têm a coragem e insensatez de desabilitar o controle de estabilidade (ESP). Ainda mais quando se trata de um automóvel de R$ 400 mil.
Testamos a versão 540i M Sport. Apesar de a “babá eletrônica” tentar podar a sensação de Opala, o Série 5 ainda é um carro impressionante de guiar.
Como todo BMW, ele tem suspensão firme, direção direta, o que faz dele um automóvel de comportamento esportivo, ainda mais quando se habilita o modo “Sport”. A oferta de força é tanta que ele avança de 80 km/h para acima dos 200 km/h em poucos segundos, mesmo com 1.670 quilos.
Por outro lado, o 540i também pode ser um automóvel dócil, para transportar a família ou aquele executivo que precisa de espaço para abrir o jornal, no banco traseiro, enquanto o motorista o conduz pela cidade com conforto e segurança.
O 540i é equipado com uma infinidade de sensores, câmeras e radares que conseguem detectar pedestres, manter o carro na faixa de rodagem, evitar colisão, ajuste automático dos faróis e até mesmo câmera de visão noturna. Só não serve cafezinho. Ainda!