Prefeituras do Norte de Minas poderão ficar fechadas de 29 de outubro a 06 de novembro em protesto contra a crise financeira que estão enfrentando com a queda do FPM - Fundo de participação dos municípios, fator que está impedindo o pagamento das despesas.
A sugestão, feita durante reunião realizada pela Amams - Associação dos municípios da área mineira da Sudene, na sala de reuniões da Associação dos criadores de gado de leite do Norte de Minas, no Parque João Alencar Athayde, ontem, deve ser oficializada agora pela manhã em novo encontro dos prefeitos sob o comando do presidente da Amams, Valmir Morais.
Na reunião de ontem os prefeitos pediram que a entidade acionasse a Associação mineira dos municípios e também a Confederação nacional dos municípios visando mobilizar todos prefeitos mineiros e brasileiros para participarem do protesto. O prefeito Mauro Cordeiro, da Associação dos municípios do Médio São Francisco já anunciou apoio ao movimento.
FPM
O presidente da Amams, Valmir Morais, prefeito de Patis, mostrou levantamento realizado pela entidade sobre o FPM, quando apontou que apesar dos dados estatísticos registrarem o crescimento das cotas repassadas aos municípios nos últimos oito anos, a realidade é diferente, pois as despesas cresceram em proporção bem superior com o aumento do salário mínimo, das despesas com combustíveis, telefone, energia elétrica e água, e vários outros itens.
Os prefeitos mostraram que estão com dificuldades até mesmo para pagar o salário do mês de setembro. João Codorval de Barros, de Matias Cardoso e vice-presidente da Amams, por exemplo, acusou que até agosto o município recebia uma média de R$ 260 mil por mês do FPM e que em setembro e outubro esse valor foi reduzido para a metade, impossibilitando a prefeitura de pagar o salário de setembro.
Os prefeitos também mostraram preocupação pelo fato de não terem como pagar o 13º salário deste ano, caso não haja receita extra do FPM.