O PFL fez um recuo hoje na aproximação em curso com o PSDB para as eleições de 2006. O presidente da legenda, Jorge Bornhausen, afirmou que o partido ainda considera a candidatura própria como melhor caminho para a disputa do próximo ano.
Na avaliação do presidente do partido, o PFL precisaria ganhar força nacional para enfrentar a aprovação da cláusula de barreira, proposta na reforma política. Se aprovada, os partidos terão de atingir um percentual de votos nos estados para continuarem a existir.
A possibilidade de ficar fora da disputa eleitoral em 2006, como ocorreu em 2002 quando o PSDB se aliou ao PMDB, seria o "pior dos mundos" para o PFL, de acordo com o Jorge Bornhausen.
Lideranças do partido consideram que, diante dessa análise, referendada na reunião de hoje da legenda, a declaração do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, em favor da candidatura de José Serra à presidência foi um erro grave.
A mais de três meses da definição das candidaturas, a definição de coligações neste momento seria precipitada. Por isso, enquanto o prefeito do Rio não se definir sobre sua pré-candidatura, e até que o PSDB resolva a disputa interna pela candidatura, o PFL não deverá se posicionar.