Minas inspira política nacional de saúde

Modelo de assistência a portadores de hanseníase será levado a outros estados pelo governo federal

-
Montes Claros
02/10/2017 às 22:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:51
 (Michelle Guirlanda/divulgação)

(Michelle Guirlanda/divulgação)

A assistência e a reintegração social de portadores de hanseníase, desenvolvidas em Minas, vão servir de base para uma política nacional. O trabalho, feito pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), será levado ao Ministério da Saúde pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).

A atuação da rede pública estadual foi citada como modelo a ser seguido por vários palestrantes que estiveram no Encontro de Gestores de ex-Hospitais Colônias de Hanseníase, em Betim, na Grande BH, no último fim de semana. Participaram do evento profissionais de nove estados, totalizando 17 instituições.

O chefe de Gabinete da Presidência da Fhemig, Fernando Eduardo Carvalho, apresentou dados das quatro casas de saúde administradas pela fundação - Santa Izabel (Betim), Padre Damião (Ubá, na Zona da Mata), Santa Fé (Três Corações, no Sul de Minas) e São Francisco de Assis (Bambuí, no Centro-Oeste).

As quatro unidades ocupam juntas uma extensão territorial de 10 milhões de metros quadrados. Elas abrigam uma população de 14 mil pessoas, entre descendentes de ex-pacientes e demais moradores, incluindo os 516 ex-pacientes de hanseníase remanescentes da antiga colônia.

Diante desse quadro, a direção da Fhemig desenvolveu, gradativamente, o chamado Lar Inclusivo. “A Fhemig vem empregando todos os esforços para a melhoria das condições de saúde de toda a comunidade das casas de saúde de Minas Gerais”, afirmou Fernando Carvalho.

DIRETRIZES
As diretrizes adotadas pela Fhemig incluem a incorporação de todas as ex-colônias ao Sistema Único de Saúde (SUS) – já efetivada em Minas –, a criação de uma política para patrimônio histórico das instituições, execução de ações que promovam a reintegração da comunidade aos municípios que sediam as unidades e a regularização fundiária.

“Atualmente, não existem mais pavilhões, mas lares inclusivos. Promovemos a autonomia e a independência dos usuários, libertando-os do modelo rígido de uma unidade hospitalar, o que, na maioria dos casos, não tem mais sentido”, disse o assessor Tiago Possas, da Fhemig. Possas lembrou que existe uma escala de cuidado de acordo com a necessidade de cada usuário, que varia de “robusto” a “frágil”, conferindo-lhes atenção adequada.

  

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por