Luzes para brilhar!

Cada cantinho da casa pode ser valorizado ou ficar mais aconchegante dependendo do tipo de lâmpada e luminária a ser utilizada; e se errar, pode gerar desconforto

Patrícia Santos Dumont
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/07/2018 às 07:27.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:31
 (PINTEREST/DIVULGAÇÃO)

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Capaz de proporcionar aconchego ou até mesmo o contrário – incomodar e ofuscar os olhos –, a iluminação é elemento fundamental num projeto arquitetônico. Quando escolhida corretamente, ajuda a destacar obras de arte, peças decorativas, revestimentos diferenciados e influencia, inclusive, na forma como o ambiente será percebido pelos usuários.

Luzes amareladas, por exemplo, são bucólicas e remetem a aconchego. Por esse motivo, são mais indicadas para quartos e ambientes intimistas, onde irão propiciar sensação de acolhimento. As brancas “levantam” recintos como banheiros e cozinhas, que requerem iluminação mais forte, direta e presente em grande parte do tempo. 

Antes de pôr a mão na massa e escolher por conta própria, o ideal, ensina a arquiteta Flávia Roscoe, é fazer um bom planejamento do espaço onde a iluminação será instalada. Projeto luminotécnico bem feito, com a definição de localização das tomadas e dos pontos de luz, garante escolhas certas e evita quebra-quebra no futuro, reforça a profissional. 

Colega de profissão dela, Gislene Lopes reforça também a importância de saber mesclar diferentes tipos de luminosidade e de acessórios num mesmo espaço, conforme a necessidade do ambiente, que pode ser situacional. “Salas de estar e jantar podem ser equipadas tanto com luzes mais aconchegantes – ideais para os momentos da família diante da TV – quanto com claridade maior e mais direta, na hora das refeições”, detalha. 

Importante ficar de olho também no calor emitido pela luz instalada na peça. Evite lâmpadas que esquentam muito em espaços pequenos ou próximas de onde pessoas estarão sentadas. A desatenção pode provocar desconforto térmico e incomodar o visitante, ressalta a arquiteta.
 
DESTAQUE
Ao definir que tipo de iluminação incidirá sobre cada ambiente também é importante considerar a relação dos acessórios utilizados com as demais peças decorativas do local, incluindo os móveis.

“Tudo depende da proposta da pessoa”, enfatiza a arquiteta Estela Netto. Segundo ela, é possível dar muita ou nenhuma ênfase aos objetos escolhidos.

“As escolhas irão variar conforme o repertório estético do cliente e de como o acessório irá dialogar com o restante da decoração. Mas tudo dependerá se a pessoa deseja dar destaque à peça, torná-la algo diferente do restante, o centro das atenções, ou se a intenção é realmente só iluminar”, detalha. 

Quem gosta de estar “na moda” pode apostar no deslocamento dos pontos de luz. De acordo com Estela Netto, grandes indústrias do segmento luminotécnico estão investindo em peças cujos fios ficam propositalmente aparentes. O motivo é a dupla função que exercem. 

“O fio acaba sendo visto como objeto de decoração que compõe a estética da luminária”, reforça. 

Escolha da peça pela função
Feita a escolha do tipo de luz que será colocada, é hora de partir para a definição da peça que irá “carregá-la”. Classificadas como técnicas ou decorativas, devem ser definidas com base na função que irão desempenhar no ambiente – simplesmente iluminar ou também decorar.

“As (peças) técnicas têm a função de iluminar, já as decorativas entram quando o projeto arquitetônico já está pronto e, geralmente, fazem pouca diferença no resultado geral da iluminação”, explica Flávia Roscoe. 

Acessórios fundamentais para complementar os projetos e embelezar os ambientes, as peças decorativas ajudam a construir cenas ou seja, a criar “clima” nos locais onde estão. Caso do abajur, cuja luz é bastante intimista. Colocados geralmente sobre mesas de canto e criados, eles devem respeitar as proporções tanto do espaço quanto do móvel onde estarão apoiados. 

Pendentes (ou lustres), assim como luminárias de piso, também têm função prioritariamente estética, já que ajudam a dar estilo ao espaço onde são colocados. Desta forma, podem ser escolhidos obedecendo as “regras” da casa, ou seja, o estilo dos demais adornos, ou como elemento de destaque, que irá brilhar no ambiente. 
 
DESTAQUE NA LUZ
Normalmente embutidas, peças de teto, por sua vez, são classificadas como técnicas e assumem o papel de iluminar os ambientes. “Elas não têm pretensão de aparecer enquanto peça, somente enquanto luz”, explica a profissional. 

Da mesma maneira, são classificadas as luzes focadas, escolhidas para dar destaques a elementos como quadro, espelhos e obras de arte.

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