RIO DE JANEIRO (Reuters) - Nem Severino, nem Genoino. José Dirceu, líder de vendas, também já está fora da jogada. O maior sucesso do fabricante de máscaras catalão Armando Valles Castanye no momento é o deputado Roberto Jefferson, nas versões com ou sem olho roxo. Até a de Marcos Valério ficar pronta, garante ele.
Estopim da bomba que criou a maior crise já vivida pelo Partido dos Trabalhadores, a máscara de Jefferson vendeu 1.500 unidades em poucos dias. Só sobrou uma, literalmente, para contar a história nesta terça-feira.
Para o Carnaval 2006, a previsão de Castanye é de que Jefferson chegue perto das vendas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mandato. Apesar de ainda requisitada, já não tem mais a mesma força de antes, comentou.
"Exportamos mais de 4.000 máscaras de Lula para a Espanha no ano passado, mas no mercado brasileiro já não vende como no início", explicou Castanye, que não sabe quantas máscaras do presidente foram vendidas no total. "Tinha com cara de sindicalista e de presidente".
Também há máscaras disponíveis do secretário de Comunicação do Governo (Secom), Luiz Gushiken, entre outros ministros, como o da Fazenda, Antonio Palocci, mas ambas têm pouca procura.
Castanye só se recusa a fazer réplicas de Delúbio Soares, "porque o rosto não tem a mínima personalidade", avalia o fabricante.