Cura em dose dupla

Terapias alternativas ajudam a resolver transtornos de animais e donos

Patrícia Santos Dumont
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/02/2018 às 05:48.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:07
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Não são só humanos que podem se beneficiar de tratamentos menos invasivos. Número cada vez maior de pessoas tem recorrido a terapias não convencionais para bichinhos de estimação, buscando amenizar doenças físicas e emocionais, aumentar a qualidade de vida e o bem-estar dos pets. 

Parte importante da medicina tradicional chinesa, a acupuntura é uma delas. Médica veterinária e acupunturista, Lígia de Morais Gomes explica que a ferramenta é indicada para pets com problemas neurológicos e articulares, mas que apresenta bons resultados no tratamento de doenças endócrinas, alérgicas, comportamentais e até oncológicas.

A escolha do método (agulhamento seco, eletroacupuntura, farmacopuntura ou moxa-bustão) é feita após avaliação do histórico e das condições do paciente. Assim como os preços – R$ 90 a R$ 200 por sessão –, o tempo de tratamento varia e está associado à gravidade e evolução do problema, à condição de saúde do pet e à cooperação dos tutores.

A especialista lembra, ainda, que terapias complementares não são indicadas para substituir métodos tradicionais. Muitas vezes, associadas a tratamentos convencionais, ajudam a reduzir doses de remédios como anticonvulsivante e insulina. 
 
TIRO E QUEDA 
Dona de Aurora, de 5 anos, a assessora pedagógica Juliana Junqueira Fonseca ficou encantada com a resposta da cadelinha ao tratamento com agulhas. A pet teve cinomose – doença altamente letal – e parou de andar, devido à falta de resposta aos tratamentos comuns. 

“Os resultados foram super rápidos, cerca de cinco sessões. Hoje, a Aurora leva uma vida normal, anda e até corre”, comemora Juliana, que estendeu a acupuntura para o outro pet da família, que tem problema neurológico. 

Dona da shiba inu Olívia, de 1 ano e 5 meses, Maria Inês também apostou num tratamento ainda pouco usual na medicina veterinária para amenizar a ansiedade da pet e melhorar a convivência dela com a irmã, recém-chegada. Graças ao uso de florais, Olívia parou de lamber as patas excessivamente, por causa da ansiedade, e ficou menos agressiva e resistente à nova moradora.
 
HARMONIZAÇÃO 
Responsável pelo tratamento da cachorrinha, a veterinária Judie Ribeiro, que é aromaterapeuta e terapeuta floral, explica que os líquidos extraídos de plantas agem no nível mais sutil do indivíduo, harmonizando as emoções, a relação do pet com o ambiente e ajudando a superar conflitos e traumas. “Os animais não têm comunicação verbal, acabam absorvendo muita coisa do meio e manifestando doenças”. 

Ela reforça que antes de optar por um tratamento com florais ou óleos essenciais é fundamental procurar orientação profissional. “Tem gente que usa floral ou essência de humano no animal e isso é muito perigoso. Se não forem administrados corretamente, podem se tornar tóxicos, levando à hiperatividade ou sedação”. 

Animais refletem males dos ‘pais’
Equilibrar a relação do pet com o dono, com o meio em que vive e até consigo mesmo e tratar crenças e padrões que o impedem de viver plenamente e com saúde é a premissa do ThetaHealing. A técnica de cura energética vem sendo usada também em cães e gatos que manifestam, através de doenças ou comportamentos insistentes, algo que precisa ser curado até nos próprios donos. 

Cirurgiã-veterinária por 13 anos, a terapeuta holística Fernanda Pimenta dedica-se exclusivamente ao método há cerca de 1 ano e meio. Explica que há casos em que o animal transforma-se em espécie de espelho, refletindo comportamentos enraizados nos tutores ou em outras pessoas com as quais convive. “Alguns animais sinalizam o que precisa ser curado no dono, repetindo comportamentos, como fazer xixi fora do lugar, ou apresentando doenças recorrentes, que não curam nunca”, explica. 

Segundo a profissional, que atende presencialmente ou pelo Skype (clientes do Brasil e do exterior), a partir de um escaneamento energético do animal e de longa conversa com o dono dele é possível identificar o que precisa ser tratado em um ou, geralmente, em ambos. “Temos que entender o que aquele animal veio fazer aqui e do que precisa. Entendê-lo como um indivíduo. Quanto mais o dono cuida de si mesmo, mais colabora para o animal se harmonizar”, reforça. 
 
DIAGNÓSTICO
A veterinária Juliana Marini Ribeiro e Souza, de 32 anos, levou o shih-tzu Eros, de 1 ano e 8 meses, para se consultar com a terapeuta holística. Além de ter desenvolvido um cálculo renal, o cachorrinho fazia xixi fora do lugar e frequentemente “visitava” a caixa de areia da gata, a outra pet da casa. “O cálculo foi ocasionado por excesso de energia acumulada. Além das sessões de ThetaHealing, Fernanda indicou que ele fizesse acupuntura para ajudar a circular essa energia”. Ainda conforme Juliana, a cura energética mostrou que os comportamentos errados do cão eram forma de chamar a atenção. 

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