Com as mãos na massa

Curso de pedreira de acabamento capacita mulheres atendidas por programas sociais

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Hoje em Dia - Belo Horizonte
17/07/2017 às 23:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:37
 (Omar Freire/imprensa mg)

(Omar Freire/imprensa mg)

Cinquenta mulheres moradoras de áreas vulneráveis de Santa Luzia e de Nova Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão colocando a mão na argamassa e encarando um novo desafio profissional. Elas estão na fase final do curso de pedreira de acabamento, oferecido pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac) em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

Com carga horária de 200 horas, o curso já está na etapa de atividades práticas e busca dar uma nova oportunidade no mercado de trabalho para estas mulheres. Ao fim da capacitação, elas conseguirão realizar pequenas obras e reparos que poderão ser aproveitados de forma profissional ou dentro do âmbito familiar.

Mas as aulas, oferecidas para quem está em situação de vulnerabilidade, vão além da construção civil. O treinamento também contempla conteúdos sobre inclusão digital, igualdade de gênero e empoderamento, como forma de contribuir com uma mudança real de vida. Parte destas mulheres é atendida diretamente pelos programas de prevenção à criminalidade da Sesp. 

Joelma Santana, de 26 anos, é uma das alunas. Filha de pai pedreiro, ela não quer depender de ninguém para organizar a casa onde mora com o marido e os dois filhos. “Estou querendo quebrar uma parede, colocar cerâmica no piso do meu banheiro e consertar um cano que está vazando”, diz a jovem que já trabalhou em salão de cabeleireiro e que agora até pensa em ingressar no mercado de trabalho da construção civil, mesmo que o pai continue acreditando que essa é uma área exclusivamente masculina.
 
APRENDIZADO 
A etapa de atividades práticas é realizada na sede da Comunidade Kolping, uma ONG parceira do projeto. Lá as mulheres estão construindo um banheiro, fazendo reparo na área externa e paredes, bem como assentando pisos e revestimentos.

Nesse processo todos saem ganhando. Afinal a sede da comunidade ganhará uma reforma e as envolvidas aprendem efetivamente a preparar um canteiro de obras.

Para viabilizar a participação diária de todas as mulheres, elas recebem vale transporte e lanche todos os dias. Além disso, as que têm filhos podem contar com a ajuda de uma instrutora que fica por conta das crianças enquanto as mães se empenham no aprendizado.

“Não quero depender de ninguém pra colocar uma cerâmica no meu banheiro e assentar a bancada da minha cozinha. Além disso, é uma oportunidade de eu ganhar uma renda extra pra ajudar nas despesas da minha família” Carmem AlvesAluna
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