(Rede de Apoio ao Circo/Divulgação)
O projeto Cidade do Circo deve ser iniciado no mês que vem, segundo informou o governo do Estado. Nos próximos dias, R$ 200 mil serão destinados, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), para obras de terraplanagem e redes elétricas e hidráulicas.
O espaço será construído em uma antiga estação de trem, em um terreno de 11 mil metros quadrados, no bairro Gameleira, região Oeste da capital. O local foi cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Circos itinerantes poderão se instalar por lá, além da realização de cursos, seminários, laboratórios, palestras e exposições.
Um dos principais objetivos é produzir e compartilhar conhecimentos, promovendo o aperfeiçoamento de dons e a qualificação profissional. Segundo o secretário adjunto de Estado de Cultura, João Miguel, o fomento à Cidade do Circo traz a visibilidade necessária para que as famílias circenses sejam integradas à sociedade e tenham os direitos atendidos.
MEMÓRIA
De acordo com os responsáveis, a Cidade do Circo, cria e implanta ações estruturantes que possam garantir a continuidade das atividades e a memória da arte. “É muito importante para o segmento tomar consciência de que o Estado oferece alguns mecanismos para a manutenção dessas atividades. Temos o maior interesse em continuar a valorização desta importante expressão artística”, disse João Miguel.
Conforme a autora e diretora de teatro Sula Kyriacos Mavrudis, a Rede de Apoio ao Circo, criada há mais de 20 anos, vai contemplar circenses de todo o Estado. “O objetivo é unir os circenses e suas famílias, criando mecanismos de interlocução, representação e troca de serviços, buscando parcerias e dando condições para o exercício de suas atividades com qualidade e segurança”, afirma Sula.
DADOS
Em levantamentos recentes, realizados por associações circenses de todo o país, foi constatado que existem mais de 2 mil circos espalhados pelo Brasil. Em Minas Gerais, são cerca de 80. Há 30 anos, existiam 28 que trabalhavam nos bairros de Belo Horizonte, chamados de “circos de bairro”.