“A história não mente, jamais vai mudar?”. Se a frase cantada pela torcida cruzeirense nos estádios se aplicar à trajetória do clube na Copa Libertadores, a partida de hoje, contra o Vasco, às 21h45, no Estádio de São Januário, pode valer muito mais que o encaminhamento ou não de uma das vagas do Grupo 5 nas oitavas de final da competição sul-americana. O que pode estar em jogo no Rio de Janeiro é mesmo o sucesso ou não da equipe de Mano Menezes no torneio.
Nas 15 participações anteriores do Cruzeiro na Copa Libertadores, em dez edições ele teve adversários brasileiros pela frente, sendo que isso aconteceu duas vezes em 1997 e 2009, totalizando 12 confrontos com jogos em casa e fora.
Como visitante, mas no Brasil, a Raposa soma quatro vitórias nessa dúzia de partidas. E elas aconteceram exatamente em 1976, 1977, 1997 e 2009, anos em que o clube foi finalista do torneio, conquistando a taça em 1976 e 1997 e sendo vice em 1977 e 2009.
Em 1976, na fase de grupos, o Cruzeiro encaminhou sua classificação às semifinais – naquela época apenas o campeão de cada chave seguia na Libertadores – fazendo um 2 a 0 sobre o Internacional, num Beira-Rio lotado por 80 mil torcedores, com gols de Jairzinho e Joãozinho.
No ano seguinte, mas já nas semifinais, que eram disputadas no formato de dois triangulares, em ida e volta, o Cruzeiro estreou no Grupo 1 fazendo 1 a 0 no Colorado, no Beira-Rio, com um gol de Joãozinho.
Depois de duas décadas, Porto Alegre entrou novamente na rota cruzeirense. E num jogo que valia a vida cruzeirense na fase de grupos, a Raposa fez 1 a 0 no Grêmio, no Olímpico, com um gol de Palhinha.
A quarta vitória cruzeirense como visitante, contra brasileiros, na Copa Libertadores, foi em 2009, sobre o São Paulo, no Morumbi, por 2 a 0, gols de Henrique e Kléber, no dia em que a vaga nas semifinais foi garantida.
SÃO JANUÁRIO
O Estádio de São Januário, que foi o primeiro no Brasil, fora de Minas Gerais, a ter um jogo do Cruzeiro em Libertadores, em 1975, receberá nesta noite a terceira partida da Raposa pela competição sul-americana.
Na fase de grupos de 1975, o Cruzeiro empatou com o Vasco por 1 a 1, com gols de Luiz Carlos para os cariocas e Vanderlei para a Raposa. Na ida das oitavas de final de 1998, os vascaínos venceram por 2 a 1, de virada, numa noite em que Marcelo Ramos abriu o placar e Luizão e Donizete marcaram para o time da casa, que naquele ano conquistou o título.
Portanto, São Januário já faz parte da trajetória cruzeirense na Copa Libertadores. O que o time de Mano Menezes luta é para alterar o papel do estádio vascaíno nesse enredo. E provar que realmente “a história não mente, jamais vai mudar”.