Toca da Raposa 3?

Diante do Inter, desafio do Cruzeiro é voltar a fazer do Mineirão diferencial em clássicos

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
31/08/2018 às 07:22.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:12
 (VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO E. C.)

(VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO E. C.)

O Cruzeiro recebe o Internacional neste domingo, às 19h, no Mineirão, na partida que encerra a 22ª rodada da Série A, defendendo a última invencibilidade diante de um dos grandes do futebol brasileiro no Gigante da Pampulha após a reforma para as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014).

Nas duas partidas disputadas com o Colorado no estádio, a partir de 2013, a Raposa venceu uma e empatou a outra.

O Internacional, aliás, é o time entre os grandes do Brasil que o Cruzeiro menos recebeu no Mineirão nas seis temporadas da nova era da arena.

Coincidentemente, o grande clube de fora de Minas Gerais mais recebido pelo Cruzeiro no novo Gigante da Pampulha é justamente o maior rival do Colorado, o Grêmio, que já fez nove confrontos com a Raposa no novo Mineirão.
 
COPAS 
O confronto com o Internacional acontece num momento em que o Gigante da Pampulha não tem feito a diferença para o Cruzeiro nas duas copas que o clube disputa, apesar de todo o apoio da torcida, que tem lotado o estádio, e das classificações.

E a empolgação da China Azul é mais que justificada, pois seu time está nas quartas de final da Libertadores e nas semifinais da Copa do Brasil.

Mas as duas últimas classificações, uma em cada torneio, dentro de casa, sobre Flamengo e Santos, mesmo com a vitória como visitante nos jogos de ida, foram sofridas e não podem deixar de ser encaradas como avisos.

O mais importante dos recados que o sofrimento diante de flamenguistas e santistas deixa é a falta de pontaria dos atacantes de Mano Menezes, que nos dois jogos desperdiçaram chances claras. Convertidas, elas teriam mudado a história dos dois confrontos.
 
NÚMEROS
Mas há um aviso numérico também. Com a chance de título em 2018 passando pelas duas copas, o Cruzeiro precisa voltar a fazer do Mineirão a sua casa, pois em 2018 acontece algo inédito na história do clube no novo Mineirão: perder mais do que vencer nos clássicos nacionais.

Considerando-se os confrontos contra os grandes do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Atlético, a Raposa tem mais derrotas que vitórias na temporada, algo que nunca aconteceu de 2013 a 2017.

O pior desempenho tinha sido em 2016, quando o Cruzeiro perdeu cinco vezes em 13 clássicos, mas venceu seis deles.

No ano passado, quando conquistou a Copa do Brasil e foi o quinto colocado no Brasileirão, a coisa voltou ao normal, com sete vitórias e três derrotas em 18 partidas.

Este ano, para brilhar nas Copas do Brasil e Libertadores, o Cruzeiro tem como desafio voltar a fazer do Mineirão um diferencial a seu favor.

E nada melhor nesses momentos em que se busca afirmação que entrar em campo contando com retrospecto favorável.

E o jogo com o Internacional pode ser considerado como de dupla importância. Além de voltar a vencer um clássico nacional no Mineirão, o que não aconteceu após a parada para o Mundial da Rússia, o Cruzeiro, com os três pontos, pode se aproximar ainda mais do G-6, grupo que garante classificação à Libertadores do ano que vem.

Sendo campeão de uma das duas copas, o Cruzeiro garante vaga na principal competição de clubes da América. Mas se não chegar ao título, terá de buscar a Libertadores no Brasileirão. E para esse Plano B, vencer o Inter é fundamental.

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