Dia Municipal da Capoeira é comemorado com uma apresentação ao ar livre no centro de Montes Claros
Os capoeiristas desceram a rua Camilo Prates e subiram em direção a Praça da Catedral, onde fizeram uma roda de capoeira e se apresentaram ao público do local.
Wagner Fonseca, o Mestre “Aberre”, com mais de 20 anos de apresentações em Montes Claros e na Europa, destacou a importância da capoeira nos tempos atuais, pós-escravidão.
- Até na guerra Brasil X Paraguay a capoeira foi colocada como luta importante. Temos registros antigos da prática da capoeira em nosso país e por isso não podemos deixar que essa cultura desapareça. O dia municipal da Capoeira demonstra a preocupação que Montes Claros, um celeiro de grandes capoeiristas, possa perpetuar na sua história a grande festa da capoeira – explica “Aberre”.
Mas, a capoeira não está restrita hoje somente aos que estariam em condições físicas completas para a prática dela. A capoeira tem sido usada para inserir pessoas com deficiência física e psíquica, que, anteriormente seriam consideradas inaptas para a prática do esporte.
John Walker é um deles que, mesmo na sua cadeira de rodas, ginga a capoeira com o auxílio e a ajuda de Jean Cosme, o Mestre Gasparzinho, que se diz influenciado com John e outros praticantes da Capoeira.
- Na verdade, o John, o Rafael e tantos outros que participam da Capoeira são um fator motivador em nossas vidas. A gente vê que as pessoas são capazes, não importa em que situação estejam, elas são capazes e praticam com afinco e vontade a Capoeira. Fico feliz de que isso possa acontecer e que eu possa ajudar nessa parte – afirma Gasparzinho.
Segundo Luiz Carlos Afonso, o Mestre Marreta, cerca de 15 grupos de capoeiristas estão ativos na cidade, com cerca de 1.000 praticantes da luta que se misturou ao esporte na sua prática.