Só o pastor salva

Ricardo Oliveira brilha entre os centroavantes de BH

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
15/03/2018 às 19:52.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:53

O início do Campeonato Mineiro foi marcado pela expectativa em torno do duelo entre os centroavantes Rafael Moura, do América, Ricardo Oliveira, do Atlético, e Fred, do Cruzeiro. Mas dos três, apenas o camisa 9 alvinegro justificou a fama de artilheiro na primeira fase do Estadual, que acabou não tendo os gols como destaque.

Muito pelo contrário. As 147 bolas nas redes estão dentro da média das últimas quatro temporadas, pois foram 148 gols no ano passado, 159, em 2016, e 146, em 2015, ano que registrou a pior marca desde 2005, quando a primeira fase do Campeonato Mineiro passou a contar com 12 clubes.

Mais um número mostra que os artilheiros decepcionaram, nesse caso específico Fred, pois seu clube, o Cruzeiro, teve o pior melhor ataque da primeira fase do Estadual desde 2005.

A Raposa marcou 20 gols (média de 1,81) e apenas um deles foi do seu camisa 9. Desde 2005, o melhor ataque da fase classificatória nunca tinha marcado menos de dois gols por jogo.

Além disso, no ano passado, pelo Atlético, Fred marcou os dez gols que fizeram dele o artilheiro do Mineiro de 2017 na primeira fase. 

Seu reserva era Rafael Moura, que fez três gols na fase classificatória. Agora, no América, onde foi titular em oito partidas, o He-Man balançou a rede apenas uma vez.
 
CUSTO BENEFÍCIO
Com nova realidade financeira, o Atlético deixou de contar com Fred, que acabou se transferindo para o Cruzeiro, e resolveu apostar em Ricardo Oliveira, que chegou à Cidade do Galo custando mais de três vezes menos que o antigo dono da camisa 9 alvinegra. E neste início de temporada, o Pastor está correspondendo.

Dos badalados centroavantes dos três grandes de Belo Horizonte, apenas ele tem números que correspondem a um goleador. Balançou a rede quatro vezes em oito partidas e entra na reta final do Estadual brigando pela artilharia da competição, que hoje é ocupada por Aylon, do América, com 6 gols.

Assim como no Coelho, na Raposa um jogador não acostumado com o ofício está ocupando a condição de artilheiro do time. É o meia Rafinha, com 5 gols.

O título é o objetivo principal. Mas a briga pela artilharia do Campeonato Mineiro também vai agitar a reta final da competição, que começa amanhã. 


 

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