(FLAVIO TAVARES/HOJE EM DIA/ 10-11-2016)
Um clube emergente, obcecado pela entrada no mais alto patamar do futebol europeu. Um jogador ainda coadjuvante, sedento pelo prêmio de melhor do mundo. As ambições do Paris Saint-Germain e de Neymar parecem tão grandes que só poderiam resultar na maior transferência de todos os tempos.
Em uma transação equivalente a R$ 821,6 milhões, o atacante deixa o poderoso Barcelona e desmancha o badalado Trio MSN, no qual fez história ao lado do argentino Lionel Messi e do uruguaio Luis Suárez. Do outro lado da fronteira, ele terá o desafio de conduzir a equipe francesa ao inédito título da Champions League, já conquistado pelos compatriotas do Olympique de Marselha.
A frustração do clube ajuda a entender a cifra quase bilionária, surreal até mesmo para os padrões do Velho Continente. Desde que foi comprado por um grupo de investidores do Catar, em 2011, o PSG contratou nomes de peso. Não foi capaz, no entanto, de chegar sequer a uma semifinal continental, feito já alcançado também por outros seis rivais do país (Stade Reims, Saint-Étienne, Bordeaux, Monaco, Nantes e Lyon).
Para o jornalista Marcelo Bechler, que noticiou o acerto em primeira mão, clube e atacante fazem uma aposta alta e, consequentemente, arriscada.
“Neymar troca a certeza de um grande time por um totalmente ‘artificial’. Se não vencer em Paris, será só mais um grande jogador, não mudará de patamar”, avalia o correspondente do canal Esporte Interativo e da rádio Itatiaia.