Transformada pelo Rei Pelé no ícone maior do futebol e das Copas do Mundo, a camisa 10 volta a estar sob os holofotes na grande final desta edição de 2018 entre França e Croácia. As seleções europeias decidirão o título neste domingo, às 12h (de Brasília), no Estádio Luzhniki, em Moscou.

Principais candidatos à Bola de Ouro do Mundial, o jovem francês Kylian Mbappé e o experiente croata Luka Modric vêm tentando fazer jus ao número eternizado pelo maior jogador de todos os tempos.

Até aqui protagonistas das respectivas equipes, eles reeditarão um duelo que acabou ficando em segundo plano nas últimas duas décadas.

Durante a campanha dos Bleus, a joia do Paris Saint-Germain ofuscou o craque Griezmann, não apenas pelos três gols marcados, mas também pelas arrancadas e dribles em velocidade. Principalmente nas vitórias sobre Peru (1 a 0, na primeira fase) e Argentina (4 a 3, pelas oitavas de final), quando ganhou o troféu de melhor em campo.

Contra Messi e companhia, inclusive, o camisa 10 francês tornou-se o atleta mais jovem desde Pelé a balançar as redes duas vezes em um jogo eliminatório de Mundial, e o único ao lado do Rei a alcançar tal feito antes dos 20 anos.

O “motorzinho” do Real Madrid, por sua vez, já chegou à Rússia como a maior (e praticamente única) esperança no setor de criação da Croácia. Muito além da reconhecida precisão nos passes e na movimentação, porém, o craque tem chamado muita atenção também pela disposição. 

Aos 32 anos, o dono da camisa 10 quadriculada é o jogador com mais tempo e a maior distância percorrida dentro das quatro linhas nesta Copa. Já nas fases eliminatórias, atuou até o término das prorrogações contra Dinamarca (1 a 1) e Rússia (2 a 2), e foi substituído apenas nos últimos minutos do tempo extra diante da Inglaterra (2 a 1).

No duelo com os anfitriões, Modric recebeu também o prêmio de melhor em campo, o terceiro da coleção pessoal nesta Copa (já havia sido eleito nas vitórias por 2 a 0 sobre Nigéria e 3 a 0 contra a Argentina, na fase de grupos).

REENCONTRO
A última final na qual os dois camisas 10 estavam no centro das atenções foi a de 1998, entre França e Brasil. Na ocasião, Rivaldo dividia o protagonismo da Seleção com Ronaldo, e Zidane era o maestro absoluto dos Bleus. Os dois acabariam sendo eleitos os melhores jogadores do mundo nos dois anos seguintes.

Em 2006, Zidane voltou à final contra a Itália do ídolo Totti. O camisa 10 da Azzurra, porém, fazia Mundial ofuscado por Buffon, Cannavaro e Pirlo.

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