A distância entre o sucesso e o fracasso está cada vez menor num futebol brasileiro marcado pelo equilíbrio. E os rivais Cruzeiro e Atlético são talvez os maiores exemplos disso nesse início de temporada, pois, nos primeiros três meses, Raposa e Galo vivem uma montanha russa.
O vexame cruzeirense no Maracanã no último domingo, ao perder por 1 a 0 para o Fluminense, que teve dez jogadores em campo desde os 15 minutos do primeiro tempo, somado ao fato de o time de Mano Menezes não vencer e nem marcar gol há três partidas e às dificuldades na fase de grupos da Libertadores, decretaram a depressão na China Azul apenas duas semanas após a euforia provocada pela conquista do título mineiro sobre o maior rival.
A perda da taça e uma sequência sem vitórias fez das duas últimas semanas atleticanas um inferno. Na última quinta-feira, no desembarque da delegação após o empate por 2 a 2 com o Ferroviário, pela Copa do Brasil, torcedores foram ao Aeroporto de Confins cobrar dos jogadores, com Roger Guedes sendo o alvo principal.
REFORÇOS
Os 2 a 1 sobre o Vitória, no último domingo, no Independência, pela Série A, somados à crise do rival, serviram para amenizar a barra alvinegra. E o símbolo dessa mudança é justamente o atacante Roger Guedes, que marcou o segundo gol sobre o rubro-negro baiano.
Aliás, a situação dele, embora seja a mais forte, não é exceção quando se trata dos reforços atleticanos e cruzeirenses para a temporada de 2018. Na verdade, o atacante é uma regra, que só não é seguida pelo centroavante Ricardo Oliveira.
O camisa 9 atleticano foi um dos artilheiros do Campeonato Mineiro e já soma dez gols em 21 jogos pelo Galo, média de 0,50, o que é esperado mesmo de um centroavante.
No mais, os reforços dos dois lados já viveram no máximo bons momentos na temporada, mas não há nenhum que já tenha justificado em campo a contratação de forma inquestionável.
Mesmo aqueles que receberam grande investimento, como os casos dos cruzeirenses Edílson (lateral-direito) e Bruno Silva (volante), não são ainda soluções para os problemas que vieram tentar resolver.
COMANDANTES
Os treinadores também são vítimas dessa ciranda. O estreante Thiago Larghi é questionado demais principalmente pelas suas substituições. E nas derrotas, carrega grande culpa.
No Cruzeiro, o experiente Mano Menezes tem sua passagem pela Toca da Raposa II marcada pelo amor e ódio. Neste momento, apenas duas semanas após a conquista do título mineiro, vive dias de vilão.
E assim caminham Atlético e Cruzeiro em 2018, com altos e baixos e sem dar às suas torcidas a segurança desejada por elas.