Inconformado com as possíveis “regalias” dadas ao Atlético-MG na final da Libertadores pela Minas Arena, o Cruzeiro ameaça não arcar com nenhum custo do clássico contra o time rival, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), e ameaça até procurar o governo do Estado caso o mal-estar não seja resolvido. O presidente do clube celeste, Gilvan de Pinho Tavares, esteve na Toca II, na tarde desta sexta-feira, e não estava satisfeito. Segundo o dirigente, que tinha o borderô da final da Libertadores, o Atlético-MG fez um acordo melhor que aquele que o Cruzeiro tem com a Minas Arena, o que não poderia ter acontecido, segundo ele. - O Cruzeiro assinou um contrato em que arca com 70% das despesas e a Minas Arena, com 30%. Como a Minas Arena entendeu por bem não cobrar essas despesas do Atlético contra o Olimpia, o Cruzeiro vai reivindicar que também tenha o mesmo direito. Porque o contrato do Cruzeiro com a Minas Arena tem uma cláusula muito clara dizendo que qualquer vantagem que for concedido pela empresa, a qualquer clube de futebol, o Cruzeiro tem direito a essa vantagem. Gilvan de Pinho acusou a Minas Arena de isentar o Atlético-MG dos custos da partida, o que não acontece nos jogos do time celeste. De acordo com o presidente do Cruzeiro, no ofício enviado pela Minas Arena ao clube celeste avisando da utilização do estádio pelo clube alvinegro, não foram informadas essas regalias. O Cruzeiro tem acordo com a Minas Arena para exploração comercial do Mineirão e, no contrato previsto, arca com 70% dos custos de cada partida, exceto estacionamento, em que o Cruzeiro não tem participação, de acordo com o presidente celeste. O clube já tinha entrado em atrito com a empresa após a final do Campeonato Mineiro, mas disse que os problemas foram sanados.