(LUCAS FIGUEIREDO/CBF)
O gaúcho Alisson certamente não figura entre os nomes mais valorizados pelas atuações durante a Copa do Mundo – foi pouco exigido atrás de uma das defesas menos ameaçadas do torneio, é bom ressaltar. A decepção pela queda precoce nas quartas de final, porém, não diminuiu o prestígio alcançado pelo atleta de 25 anos na última temporada europeia.
Segundo os principais jornais da Itália e da Inglaterra, o titular da Seleção Brasileira foi vendido pela Roma ao Liverpool por cerca de £ 66 milhões (R$ 334 milhões na cotação de terça-feira) e será apresentado nos próximos dias.
Oficializada a transação, o jogador se tornará o mais caro da história na posição, superando Gianluigi Buffon e Ederson. O italiano foi comprado do Parma pela Juventus por US$ 38 milhões, em 2001, enquanto o também brasileiro (reserva da Seleção na Rússia) custou € 40 milhões ao Manchester City junto ao Benfica, no ano passado.
A mudança de ares também fará de Alisson o brasileiro mais valorizado deste verão no Velho Continente. E, ainda, o nono jogador nascido no país a integrar o ‘Top 20” da atual janela de transferências – contando com o catarinense Jorginho, naturalizado italiano.
EFEITO COPA
É preciso ressaltar que as janelas das maiores ligas europeias seguem abertas até o fim de agosto (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França). Dito isto, pode-se afirmar que o impacto do “efeito Copa” no mercado até o momento é bem pequeno. Entre os brasileiros, por exemplo, não há nenhum caso de grande valorização devido ao Mundial.
Alisson já era amplamente visado antes da competição. E Fred – que sequer saiu do banco de reservas – já estava fechado com o Manchester United antes da estreia da Seleção.
Douglas Costa, por sua vez, já vinha defendendo a Juventus por empréstimo e teve apenas a compra confirmada pelo clube italiano. Já Paulinho foi na contramão do alto nível e voltou ao futebol chinês após um ano no Barcelona.
Enquanto isso, Fabinho, Vinícius Júnior, Felipe Anderson e Arthur sequer foram levados pelo técnico Tite. E, por fim, a tradicional Itália de Jorginho nem se classificou para a Copa. Ou seja, a performance nos clubes foi o fator determinante para as vendas.
ESCALA MUNDIAL
O quadro se repete nas demais movimentações internacionais. Revelação do Mundial, o francês Kylian Mbappé já estava negociado por valores astronômicos desde o ano passado com o PSG, clube o qual defendeu por empréstimo na última temporada.
O também campeão Thomas Lemar atuou em apenas uma partida dos Bleus (0 a 0 com a Dinamarca, com time misto), e a participação dele na Copa não teve qualquer relação com o vínculo milionário firmado junto ao Atlético de Madrid antes do torneio.